Groundforce diz que inicia dia 16 “fase de negociações legalmente prevista” no despedimento coletivo
A Groundforce diz agora que vai iniciar dia 16 a "fase de informações e negociação legalmente prevista" e só então comunicará a cada um dos 336 trabalhadores "a decisão e data da cessação dos contratos de trabalho”.
A Groundforce diz que depois da "fase de informações e negociação legalmente prevista, que se iniciará no próximo dia 16, e em conformidade com o resultado dessas negociações, proceder-se-á à comunicação a cada um dos trabalhadores abrangidos da decisão e da data da cessação dos respetivos contratos de trabalho”.
A empresa de assistência em terra aos aviões Groundforce assegurou no entanto que vai cumprir "todos os requisitos previstos na lei" no âmbito do processo de despedimento coletivo de 336 trabalhadores em Faro.
O administrador delegado da Groundforce, Fernando Melo, disse na quarta feira que a empresa vai suspender a sua operação no aeroporto de Faro e dispensar os 336 trabalhadores, alegando prejuízos.
Em comunicado divulgado hoje, a Groundforce salienta que a comunicação feita na quarta feira "se traduz na cessação imediata dos contratos individuais de trabalho dos trabalhadores" de Faro.
A empresa de handling, detida a 100 por cento pela transportadora aérea TAP, diz que este processo será feito "respeitando todos os requisitos previstos na lei, designadamente os prazos de pré-aviso".
Além de Faro, a Groundforce possui atualmente bases operativas de assistência a bagagens no Porto, Lisboa, Porto Santo e Funchal e também no Brasil ode os prejuízos ascendem a 70 milhões, segundo os sindicatos, que contestam o encerramento da base de Faro pelas razões apontadas pela administração da empresa.
(Noticia: Observatório do Algarve)Funcionários acusam empresa de programar despedimentos com conivência do Governo
Os funcionários da Groundforce em Faro acusaram hoje a administração da empresa, detida a 100 por cento pela TAP, de ter “programado” o despedimento coletivo de 336 trabalhadores “com a conivência do Governo”, que “mente e não dá cara”.
Os trabalhadores estão reunidos desde as 10:30 de hoje em plenário com os sindicatos para determinar que medidas vão tomar para contestar a suspensão da operação daquela empresa de “handling” no Aeroporto de Faro.
A Groundforce, que tem como função assistir companhias aéreas em terra, anunciou na quarta-feira o encerramento da operação em Faro como resultado das perdas da empresa, estimadas em 20 milhões de euros só este ano.
“Isto é uma manobra política com intenções nebulosas e se existe um processo chamado ‘Face Oculta’, aqui eu diria que há uma ‘Mão Invisível”, afirmou hoje Fernando Bandeira, trabalhador da empresa desde a década de 1970.
Aquele funcionário estranha que tenha sido a empresa mãe, a TAP, a dar-lhes “uma facada nas costas” e diz que o despedimento coletivo foi todo “programado” nas “costas dos trabalhadores”.
“Ao desaparecermos fica um monopólio com uma empresa que é também estranhamente de capital público [a Portway]”, resumiu, sublinhando que tudo se trata de uma manobra de “engenharia financeira”.
Segundo Fernando Bandeira, a empresa abriu há três anos escalas em Marrocos onde existia apenas um voo semanal, altura em que “havia dinheiro para tudo” embora, agora “apresentem de repente os prejuízos que querem”.
A Groundforce tornou-se uma entidade independente em 1982, com a autonomização do Departamento de Operações em Terra (DOT) da TAP.
Na década seguinte, em 1992, numa estratégia de expansão e de prestação de serviços a terceiros, é criada a TAP Handling.
No ano de 2005, já com uma nova estrutura, surge a Groundforce Portugal. (Noticia: Região Sul)
TAP envia funcionários para Faro para garantir assistência dos seus voos
A TAP enviou cinco funcionários para Faro para assegurar o "check-in" e o controlo dos seus voos no aeroporto, depois do despedimento coletivo de 336 trabalhadores da Groundforce, que estão a realizar um plenário neste momento.
“Desde quarta-feira à noite que não assistimos a TAP, mas sabemos que foram enviados cinco trabalhadores de Lisboa para Faro", disse Mateus Mendonça, adiantando que o ambiente que se vive entre as três centenas de funcionários que foram alvo de despedimento coletivo "não poderia ser pior". Governo diz que despedimentos na Groundforce vão ser analisados
A ministra do Trabalho, Helena André, assegurou hoje que a Autoridade para as Condições de Trabalho vai analisar o despedimento colectivo dos 336 trabalhadores da base da Groundforce, em Faro.
“O que o Governo terá de fazer, como em qualquer processo de despedimento coletivo, é verificar como o processo foi conduzido. Portanto, a ACT irá fazer isso, na medida em que é a forma de actuar em todos os casos deste tipo”, afirmou, à margem do 14.º congresso nacional sobre o direito do trabalho, a decorrer em Lisboa.
Helena André já havia referido, na quarta-feira, durante a sua audição nas comissões parlamentares de Trabalho e de Orçamento e Finanças (no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2011), que o papel do Ministério que lidera se limita a garantir “que todos os procedimentos são respeitados”.
(Noticia: Público)
Os social-democratas algarvios salientam que “numa empresa tutelada pelo Estado, não se entende como é possível anunciar-se o despedimento de 336 funcionários por e-mail”.
"Como é possível o Governo permitir esta forma perfeitamente desumana de agir de uma administração perante os seus colaboradores?", interroga o PSD Algarve.
Para os social-democratas algarvios “é incompreensível a manifestação de impotência que o Governo, quer através do Ministro das Obras Públicas, quer da Ministra do Trabalho, demonstraram perante esta situação, já que a Groundforce é detida a 100% pela TAP, uma empresa pública, tutelada pelo Governo”.
Numa região cuja principal fonte de receitas é o turismo e que tem no aeroporto de Faro uma das suas principais portas de entrada, o PSD Algarve questiona-se ainda “sobre as consequências que o encerramento da operação da Groundforce terá na economia da região”.
“Considerando que o aeroporto de Faro é o segundo maior de Portugal continental em movimento de passageiros e que no período de Verão o movimento diário atinge os milhares de passageiros, o PSD Algarve não pode deixar de manifestar a sua preocupação em relação à qualidade de serviço que milhares de turistas nacionais e estrangeiros irão ter nesta infraestrutura essencial para a imagem da região”, sublinham, em comunicado a que o barlavento.online teve acesso.
O PSD Algarve afirma não poder também “deixar de manifestar também a sua incompreensão em relação ao anunciado insucesso da operação da Groundforce no aeroporto de Faro, considerando o elevado movimento de passageiros, carga e correio que este aeroporto verifica”.
Aliás, sublinha o maior partido da oposição, “a principal concorrente nacional, a Portway, já se manifestou disponível para colaborar com as autoridades para minimizar o impacto que este encerramento terá no normal funcionamento da infraestrutura”.
“Como é que uma operação é tida como deficitária, mas a outra está disponível para a assumir, é uma questão que o PSD Algarve gostaria de ver respondida pela tutela governamental de ambas as empresas”, dizem, a terminar.
(Noticia: barlavento)
Groundforce: Miguel Freitas reune hoje com trabalhadores, sindicatos e direção do aeroporto
O líder do PS Algarve, Miguel Freitas, manifestou-se hoje “bastante preocupado” por “dois dos maiores empregadores de Faro, a câmara municipal e a Groundforce, estarem a proceder a despedimentos” e vai reunir hoje com trabalhadores e sindicatos.
“É importante ouvir os trabalhadores e os sindicatos sobre as razões que conduziram a esta situação, bem como discutir e avaliar as melhores soluções para o futuro dos que são atingidos por este processo”, considera o deputado socialista, para quem esta vaga de despedimentos em Faro poderá ter, a curto prazo, repercussões graves no tecido social do concelho.
A reunião de amanhã, que decorrerá a partir das 13h30, no aeroporto de Faro, contará com a participação de representantes dos cinco sindicatos da assistência em escala, ligados a ambas as centrais sindicais, CGTP e UGT e a Comissão de Trabalhadores.
Para além da reunião com os trabalhadores da Groundforce, Miguel Freitas reunirá, também amanhã, com a direção do aeroporto de Faro, encontro que já havia sido agendado no âmbito de um conjunto de reuniões que a nova Direção do PS Algarve está a realizar com autarquias, organismos regionais, associações empresariais e sindicatos.
Para o deputado socialista, que apela ao diálogo entre as partes envolvidas no processo da Groundforce, o encerramento da operação da empresa em Faro, deveria ser encarado também no âmbito do projeto de remodelação atualmente em curso no Aeroporto de Faro, que visa o aumento da capacidade operacional e a modernização dos respetivos serviços.
(Noticia: Observatório do Algarve)
Em declarações à Lusa, Artur Rego anunciou que vai requerer a presença do administrador-delegado da Groundforce no Parlamento para que explique aos deputados qual é a situação da empresa e para que justifique o despedimento, sobretudo "numa altura de crise".
O deputado criticou o anúncio de despedimento face à atual "situação de crise", sem "qualquer justificação" e "num distrito que já é aquele que apresenta as mais altas taxas de desemprego no país".
O despedimento, referiu, atingirá 300 famílias, "um universo de 1600 ou 2000 pessoas que vão ficar em graves dificuldades económicas".
Entre os trabalhadores que se concentram junto ao checkin, para a realização do plenário convocado ontem, para debater as formas de luta contra o despedimento dos funcionários há cartazes que questionam "Prejuízos? Gestores ganharam prémios!".A ministra do Trabalho, Helena André, assegurou hoje que a Autoridade para as Condições de Trabalho vai analisar o despedimento colectivo dos 336 trabalhadores da base da Groundforce, em Faro.
“O que o Governo terá de fazer, como em qualquer processo de despedimento coletivo, é verificar como o processo foi conduzido. Portanto, a ACT irá fazer isso, na medida em que é a forma de actuar em todos os casos deste tipo”, afirmou, à margem do 14.º congresso nacional sobre o direito do trabalho, a decorrer em Lisboa.
Helena André já havia referido, na quarta-feira, durante a sua audição nas comissões parlamentares de Trabalho e de Orçamento e Finanças (no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2011), que o papel do Ministério que lidera se limita a garantir “que todos os procedimentos são respeitados”.
(Noticia: Público)
Groundforce: despedimento vai custar 3 milhões em subsídios
A União de Sindicatos do Algarve acusa a administração da Groundforce de efetuar um dos piores despedimentos de que há memória, numa empresa de capitais públicos. Medida vai sair cara, não só aos trabalhadores.
A União de Sindicatos do Algarve estima, em contas feitas numa análise prévia, que o despedimento de mais de 300 trabalhadores da Groundforce em Faro venha a custar anualmente mais de 3 milhões de euros ao Estado.
A USAL baseia-se numa estimativa por baixo de subsídios de desemprego, num montante médio de 700 euros por pessoa, mas essa claro, nem sequer é a principal preocupação do sindicalista António Goulart: "O Algarve não pode continuar nesta onda lesiva de desemprego na região, as pessoas têm de agir e de se revoltar contra isto", protesta.
“Nunca se viu nada assim no Algarve. Os trabalhadores ficam a saber de manhã através de um ministro, à tarde estão a receber um email e à noite estão a chegar colegas seus para os substituírem. Este é um despedimento selvagem e violento", reclama.
Por sua vez, André Teives, presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling nos Aeroportos, que hoje esteve presente com outros quatro sindicatos do setor num plenário que reuniu todos os trabalhadores, acusou o Governo de estar por detrás do despedimento na Groundforce, apontando o dedo aos ministros das Obras Públicas e das Finanças:
“Ainda em Abril de 2009 a plataforma de sindicatos que agora aqui está fez uma proposta à administração do grupo TAP para efetuar três anos de congelamento salarial, de congelamento dos subsídios de anuidade e também das carreiras salariais", avisa.
“Isto é grave porque as pessoas pensam que os sindicatos não fazem propostas e que só estão aqui para fechar empresas e a administração foi até apanhada de surpresa na altura com isto", garante.
"De qualquer forma não faz sentido estar a manter 2800 postos de trabalho no Brasil com 70 milhões de prejuízo acumulado, e agora fechar Faro com a justificação de que não é rentável quando estamos a falar neste caso de 7 milhões", conclui.
Hoje, o Jornal de Negócios adiantava que a empresa Groundforce, detida em 100 por cento pela TAP, vai ter de pagar perto de 11 milhões de euros em indemnizações aos 336 trabalhadores despedidos.
Recorde-se que após o plenário que reuniu hoje de manhã os trabalhadores da groundforce, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos, André Teives, anunciou que vai pedir uma audiência ao primeiro ministro, José Sócrates, repudiando "a atitude do Governo e dos ministérios da tutela que deixaram 336 funcionários fossem despedidos por e-mail".
O STHA aconselhou aos trabalhadores que se "mantenham unidos" e que "não embarquem em boatos e em contra-informação".
"Manter a cabeça fria" e "alguma lucidez" para encontrar soluções com a comissão dos trabalhadores da Groundforce, cuja sessão está marcada para sexta-feira, às 09:30 no Aeroporto Internacional de Faro, é outro dos conselhos que o STHA deixou hoje aos 336 trabalhadores despedidos por e-mail.
Entretanto, o STHA vai realizar uma conferência de imprensa em Lisboa sexta-feira, pelas 11:30, para fazer o ponto da situação e dar conhecimento sobre quais as formas de luta para os próximos tempos."A conferência de imprensa vai ser em Lisboa, porque isto é uma questão meramente política e o poder político está sediado em Lisboa.
(Noticia: Observatório do Algarve)
PCP exige que Governo ponha fim a este processo de degradação e anule despedimento coletivo
A Direcção Regional do Algarve do PCP, foi a primeira a reagir, ainda ontem, condenando vemeentemente o despedimento e exortando os trabalhadores despedidos a participar na greve geral de 24 de Novembro.
Hoje, o deputado do PCP Bruno Dias exigiu que o Governo anule o despedimento coletivo dos 336 trabalhadores da Groundforce em Faro, afirmando que "o Governo concorda" com este processo, que classificou de "verdadeiramente intolerável".
"Não acredito que haja alguma empresa no Mundo que faça um despedimento coletivo de centenas de trabalhadores e que o patrão não saiba. O patrão destas empresas [Groundforce, TAP, Portway e ANA] somos todos nós e em nome de todos nós está o Governo a representar o acionista", afirmou o deputado comunista, em declarações aos jornalistas.
O PCP considera que o despedimento coletivo dos trabalhadores da escala de Faro da empresa de handling Groundforce, anunciado esta quarta feira, "é uma situação indecorosa, verdadeiramente inaceitável, que exige uma resposta e uma intervenção muito clara por parte do Governo, que tutela todas as empresas - SPdH/Groundforce, que é da TAP, e a empresa que vai ficar com o negócio, a Portway, que é da ANA" - através do ministério das Obras Públicas e Transportes.
"Se o acionista Estado é o principal e único responsável por estas empresas, tudo isto está a passar-se sob a tutela e responsabilidade direta do Governo. Se está a acontecer assim, é porque o Governo concorda", defendeu Bruno Dias.
O PCP promete questionar o ministro da tutela, António Mendonça, sobre este assunto na próxima segunda feira, aquando da audição do responsável dos Transportes na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.
Numa pergunta hoje entregue na Assembleia da República e dirigida ao ministério dos Transportes, o PCP exige "que o Governo ponha fim a este processo de degradação do handling nacional e anule este despedimento coletivo".
Os comunistas acreditam que este processo tem em vista a privatização da Groundforce.
"Neste processo de desestabilização permanente, perderam-se milhões de euros do erário público, degradou-se um setor lucrativo e eficiente até o transformar num setor que acumula prejuízos artificiais e perde qualidade, atacou-se a estabilidade no trabalho e os salários e prejudicou-se seriamente a economia nacional", consideram os comunistas.
A bancada do PCP dirigiu também uma pergunta ao ministério do Trabalho, questionando sobre que procedimentos pretende adotar "perante este comportamento abusivo e ilegal das administrações da TAP e da SPdH".
Os comunistas questionam ainda se é aceitável o despedimento coletivo numa empresa "que tem 700 postos de trabalho ocupados por empresas de trabalho temporário".
O deputado Bruno Dias anunciou ainda que vai reunir-se no próximo domingo com os trabalhadores, em Faro.
(Noticia: Observatório do Algarve)PSD Algarve apreensivo com fecho da operação da Groundforce no Aeroporto de Faro
A Comissão Política Distrital do PSD Algarve manifestou-se hoje apreensiva com o encerramento da operação da empresa de handling Groundforce no aeroporto de Faro, sobretudo pelo despedimento de 336 pessoas afetas a esta empresa, mas também “pelas consequências que esta medida poderá ter no turismo da região”.
Numa região que considera “já flagelada pelo elevado índice de desemprego”, o PSD Algarve “insurge-se contra este anúncio de despedimento dos 336 colaboradores da Groundforce de Faro, com os quais a Comissão Política Distrital manifesta a sua total solidariedade”.
Os social-democratas algarvios salientam que “numa empresa tutelada pelo Estado, não se entende como é possível anunciar-se o despedimento de 336 funcionários por e-mail”.
"Como é possível o Governo permitir esta forma perfeitamente desumana de agir de uma administração perante os seus colaboradores?", interroga o PSD Algarve.
Para os social-democratas algarvios “é incompreensível a manifestação de impotência que o Governo, quer através do Ministro das Obras Públicas, quer da Ministra do Trabalho, demonstraram perante esta situação, já que a Groundforce é detida a 100% pela TAP, uma empresa pública, tutelada pelo Governo”.
Numa região cuja principal fonte de receitas é o turismo e que tem no aeroporto de Faro uma das suas principais portas de entrada, o PSD Algarve questiona-se ainda “sobre as consequências que o encerramento da operação da Groundforce terá na economia da região”.
“Considerando que o aeroporto de Faro é o segundo maior de Portugal continental em movimento de passageiros e que no período de Verão o movimento diário atinge os milhares de passageiros, o PSD Algarve não pode deixar de manifestar a sua preocupação em relação à qualidade de serviço que milhares de turistas nacionais e estrangeiros irão ter nesta infraestrutura essencial para a imagem da região”, sublinham, em comunicado a que o barlavento.online teve acesso.
O PSD Algarve afirma não poder também “deixar de manifestar também a sua incompreensão em relação ao anunciado insucesso da operação da Groundforce no aeroporto de Faro, considerando o elevado movimento de passageiros, carga e correio que este aeroporto verifica”.
Aliás, sublinha o maior partido da oposição, “a principal concorrente nacional, a Portway, já se manifestou disponível para colaborar com as autoridades para minimizar o impacto que este encerramento terá no normal funcionamento da infraestrutura”.
“Como é que uma operação é tida como deficitária, mas a outra está disponível para a assumir, é uma questão que o PSD Algarve gostaria de ver respondida pela tutela governamental de ambas as empresas”, dizem, a terminar.
(Noticia: barlavento)
Groundforce: Miguel Freitas reune hoje com trabalhadores, sindicatos e direção do aeroporto
O líder do PS Algarve, Miguel Freitas, manifestou-se hoje “bastante preocupado” por “dois dos maiores empregadores de Faro, a câmara municipal e a Groundforce, estarem a proceder a despedimentos” e vai reunir hoje com trabalhadores e sindicatos.
“É importante ouvir os trabalhadores e os sindicatos sobre as razões que conduziram a esta situação, bem como discutir e avaliar as melhores soluções para o futuro dos que são atingidos por este processo”, considera o deputado socialista, para quem esta vaga de despedimentos em Faro poderá ter, a curto prazo, repercussões graves no tecido social do concelho.
A reunião de amanhã, que decorrerá a partir das 13h30, no aeroporto de Faro, contará com a participação de representantes dos cinco sindicatos da assistência em escala, ligados a ambas as centrais sindicais, CGTP e UGT e a Comissão de Trabalhadores.
Para além da reunião com os trabalhadores da Groundforce, Miguel Freitas reunirá, também amanhã, com a direção do aeroporto de Faro, encontro que já havia sido agendado no âmbito de um conjunto de reuniões que a nova Direção do PS Algarve está a realizar com autarquias, organismos regionais, associações empresariais e sindicatos.
Para o deputado socialista, que apela ao diálogo entre as partes envolvidas no processo da Groundforce, o encerramento da operação da empresa em Faro, deveria ser encarado também no âmbito do projeto de remodelação atualmente em curso no Aeroporto de Faro, que visa o aumento da capacidade operacional e a modernização dos respetivos serviços.
(Noticia: Observatório do Algarve)
CDS quer ouvir administrador-delegado da Groundforce
O CDS-PP disse hoje que vai requerer a audição do administrador-delegado da Groundforce, Fernando Melo, no Parlamento, para que esclareça qual a situação da empresa e justifique a decisão de despedir 336 pessoas "por e-mail".
"O CDS está chocado com este despedimento. Já em abril tínhamos alertado para esta situação na Groundforce. Infelizmente agora temos um Governo que, falando do setor privado e dos despedimentos por SMS, despede mais de 300 trabalhadores por e-mail, que é uma indignidade, sem justificação nem fundamentação", afirmou o deputado do CDS-PP Artur Rego.
Em declarações à Lusa, Artur Rego anunciou que vai requerer a presença do administrador-delegado da Groundforce no Parlamento para que explique aos deputados qual é a situação da empresa e para que justifique o despedimento, sobretudo "numa altura de crise".
O deputado criticou o anúncio de despedimento face à atual "situação de crise", sem "qualquer justificação" e "num distrito que já é aquele que apresenta as mais altas taxas de desemprego no país".
O despedimento, referiu, atingirá 300 famílias, "um universo de 1600 ou 2000 pessoas que vão ficar em graves dificuldades económicas".
Bloco de Esquerda exige "medidas imediatas" de defesa dos trabalhadores
O Bloco de Esquerda defendeu hoje que o Governo não pode "estar alienado" do despedimento coletivo na Groundforce de Faro, invocando que a empresa "também tem capitais públicos" e exigiu "medidas imediatas" de defesa dos trabalhadores.
Em declarações à Agência Lusa, a deputada bloquista Mariana Aiveca sublinhou que a Groundforce "também tem capitais públicos" pelo que o Governo "não pode estar alienado das deliberações das administrações da empresa", e "dizer apenas que vai analisar" se o despedimento de 336 trabalhadores cumpriu os procedimentos legais.
"Confirma o Governo que o encerramento da unidade de Faro da Groundforce Portugal advém dos cortes a produzir nas empresas públicas, no âmbito do plano de austeridade gizado pelo Governo?", questionou a deputada Mariana Aiveca, em requerimento enviado hoje ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e ao ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
A estrutura accionista da Groundforce Portugal, sublinhou, é constituída pela TAP SGPS, holding detentora da Companhia Aérea de Bandeira Portuguesa (59,9%) e pela sociedade Europartners (50,1%).
Considerando "escandaloso" que os trabalhadores tenham sido informados "por email", Mariana Aiveca questionou o Governo que "medidas urgentes e imediatas pretende adotar no sentido da defesa" dos funcionários da empresa e se o Executivo considera que "foram adotadas todas as medidas possíveis" com vista à manutenção dos postos de trabalho atuais, nomeadamente medidas de "reconversão profissional".
"Numa altura em que o desemprego aumenta e em que as dificuldades do país são grandes, não pode vir a ministra do Trabalho dizer que se desresponsabiliza completamente tratando-se de uma empresa de capitais públicos também", defendeu a deputada bloquista.
Mariana Aiveca questionou ainda "por que é que o trabalho que era feito pelos trabalhadores da Groundforce está a ser feito por uma empresa de trabalho temporário e por outra empresa ligada à TAP?"
A ministra do Trabalho, Helena André, reafirmou hoje que a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) vai analisar o processo de despedimento coletivo na Groundforce, como "em qualquer processo de despedimento coletivo".
Quarta-feira, no Parlamento, Helena André já havia afirmado que o papel do Ministério do Trabalho se limita a garantir "que todos os procedimentos são respeitados" no caso do despedimento de 336 trabalhadores da Groundforce em Faro.
Turismo do Algarve “lamenta profundamente” despedimentos
A direção do Turismo do Algarve afirmou hoje em comunicado que “lamenta profundamente o súbito anúncio do encerramento da operação da Groundforce no aeroporto de Faro e o despedimento dos colaboradores da prestadora de serviços de assistência de transportes em terra”.
Apesar do ocorrido, o Turismo do Algarve acrescenta ter já “a garantia de que a decisão da Groundforce não coloca em causa a atividade aeroportuária em Faro, pelo que a operação turística no destino ficará assim igualmente garantida”. (Noticia: barlavento)
A Groundforce, empresa detida pela TAP e tem como função assistir companhias áreas em terra, anunciou na quarta-feira o encerramento da operação em Faro, o que implicou o despedimento coletivo de 336 trabalhadores, como resultado das perdas da empresa, estimadas em 20 milhões de euros só este ano.
Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos, André Teives, disse que os funcionários terão tomado conhecimento da decisão da empresa através da comunicação social, tendo as notícias sido confirmadas às 16h00 de quarta-feira, altura em que os trabalhadores receberam um e-mail da administração da Groundforce a informar oficialmente do despedimento coletivo.
"O grupo TAP conseguiu guardar isto no maior dos secretismos. E quando fomos informados, não houve qualquer respeito pelas pessoas", declarou o sindicalista.
"Vamos prestar a nossa solidariedade aos trabalhadores neste momento negro e também dar-lhes algumas explicações relativamente ao processo de despedimento, no sentido de não se precipitarem em assinar papéis e informá-los dos seus direitos", disse André Teives.
Entretanto, os trabalhadores da Groundforce, substituídos por colegas de Lisboa na assistência aos voos da companhia nacional afirmam ter continuado a realizar o seu trabalho junto de outras companhias, garantiram alguns dos presentes no plenário.
(Noticia: Observatório do Algarve)
Não imagino como estarão todos estes trabalhadores. A noticia de perder o emprego já é dramática, mas saber dela de uma forma fria e brutal, por mail... è ultrajante.
ResponderEliminarEste despedimento colectivo mete nojo!!
ResponderEliminarColegas de Faro,estamos convosco!Neste momento,Lisboa chora também!Não somos groundforce,somos Tap!TAP!Não desistam que nós também não iremos desistir de voçês!
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