«O presidente da Câmara de Faro quer instalar uma junta médica da ADSE no Algarve para evitar que centenas de funcionários públicos sejam obrigadas a ir a Évora, o que pouparia meio milhão de euros por ano.
A Junta Médica da ADSE (entidade de proteção social aos funcionários da Administração Pública) que tem jurisdição sobre o distrito de Faro está sediada em Évora, a cerca de 250 quilómetros da capital algarvia.
Em declarações à Lusa, Macário Correia disse que existem no Algarve cerca de 30 mil funcionários públicos (das autarquias e do Estado) dos quais, em média, 800 têm que deslocar-se a Évora, "no mínimo", uma vez por ano.
Se esse número de trabalhadores for multiplicado por 500 quilómetros (distância de ida e volta entre Faro a Évora) obtém-se um total de 400 mil quilómetros o que, segundo o autarca, representa um custo médio anual de "meio milhão de euros".
"Em tempos de crise é uma decisão que reduziria despesa pública", frisa o presidente da Câmara de Faro, que refere ter já contactado o Ministério da Administração Interna, Governo Civil de Faro e a direção da ADSE sobre o assunto.
A Junta Médica pode ser solicitada por diversas razões, nomeadamente se um funcionário atingir o limite de 60 dias consecutivos de faltas, se a sua atuação indiciar um comportamento fraudulento ou se houver um acidente de serviço, entre outros.
Macário Correia diz que pode disponibilizar um funcionário para apoio administrativo e que tem na capital algarvia instalações para a Junta Médica, que funciona atualmente nas instalações do Governo Civil de Évora.
Os encargos relativos à apresentação a junta médica do funcionário, são suportados pelo serviço de que depende sempre que a referida junta se verifique fora do município no qual se situa o local de trabalho.»
(Noticia: Observatório do Algarve)
O Presidente da Câmara de Faro tem razão quando solicita a criação no Distrito de Faro de uma Junta Médica da ADSE. O único problema desta reivindicação poderá ser a sua motivação interior - estabelecer com os médicos uma relação de dependência que os faça convocar os trabalhadores que Macário Correia gostaria de ver inspeccionados.
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