«A Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM) promove, no sábado, dia 4, um desfile pelas ruas de Faro para protestar contra a ação de despejo que lhe foi movida pela empresa proprietária do prédio onde fica a sua sede.
Segundo a direção da ARCM, o desfile “pretende dar visibilidade à real possibilidade de dezenas de projetos musicais, grupos de teatro, grupos de dança e outros projetos artísticos que se desenvolvem na sede da ARCM, poderem ficar sem este espaço e serem obrigados a ficar na rua com todos o seus instrumentos musicais, equipamento sonoro ou material cénico“.
A concentração dos participantes terá lugar às 9h30 na sede da ARCM e o desfile percorrerá o centro da cidade de Faro, com passagem pelo Mercado Municipal, Teatro Lethes, Rua de Santo António, terminando no Coreto do Jardim Manuel Bívar.»
(Noticia: barlavento)
É fácil perceber e solidarizarmo-nos com o sentimento de vazio por que devem estar a passar os dirigentes e utilizadores da Associação Recreativa e Cultural de Músicos mas não podemos afogar neste projecto o direito à propriedade.
É curioso que numa matéria destas ainda não se tenha ouvido o presidente da Câmara de Faro que é sempre muito rápido a falar quando se tratam de matérias que não lhe dizem respeito directo.
Aqui, todos sabemos, que os proprietários dos antigos celeiros e da sede da Associação Recreativa e Cultural de Músicos vão necessitar da Câmara Municipal de Faro para aprovar seja o que for que pretendam para aquele quarteirão e numa operação urbanística daquela envergadura terão que existir conversações, negociações e cedências.
A solução para a Associação Recreativa e Cultural de Músicos passa por aqui. Por a Câmara reconhecer publicamente que a aprovação de um projecto imobiliário para aquela zona terá em conta as instalações, ali ou noutro lugar, para que aquela associação prossiga com o trabalho cultural que já nos habituou.
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