O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal) apelou esta terça-feira à “recusa coletiva de pagamento de portagens” na Via do Infante.
Em comunicado assinado por Macário Correia, a Amal defende que “protestar e recusar coletivamente o pagamento [das portagens] será a melhor forma de nos insurgirmos contra a injustiça, manifestando a nossa indignação“.
Esta tomada de posição do Conselho Executivo da Amal, decidida ontem à noite, é um corte em relação à posição anterior, decidida em princípios de Outubro, quando os autarcas do Algarve admitiam a imposição de portagens na Via do Infante, desde que isso só acontecesse depois de estarem concluídas as obras de requalificação da EN125.
O endurecimento da posição das autarquias do Algarve surge depois de a Amal constatar que o Governo “já decidiu dar instruções para a colocação de 10 pórticos na Via do Infante, com vista à implementação de portagens“.
“Está iminente a colocação desses equipamentos, decorrendo já o processo de consulta aos empreiteiros“, acrescenta o comunicado assinado por Macário Correia.
Estes factos demonstram, segundo o presidente da Amal, que o Governo não está interessado no diálogo com os autarcas algarvios.
No seu comunicado, a Amal recorda que “durante dois meses“, “solicitou diversas vezes uma reunião com membros do governo a respeito do importante problema das portagens na Via do Infante“.
“Até ao momento, o Governo entendeu adiar o diálogo com os autarcas do Algarve“.
“Num regime onde os atos democráticos deviam prevalecer sobre a altivez, em vez de se analisar as singularidades do Algarve, distintas dos princípios de universalidade do país, o Governo segue a via de criar factos consumados à revelia do bom senso e do respeito pelo Algarve e pelos algarvios“.
Esta mais recente posição da Amal vem, curiosamente, ao encontro das posições defendidas pela Comissão de Utentes da Via do Infante, que ainda na sexta-feira promoveram uma marcha lenta à entrada de Faro, para demonstrar a precaridade da EN125 enquanto alternativa à A22.»
(Noticia: barlavento)
O apelo à anarquia é mais um exemplo do nanismo político de Macário Correia que com esta proposta de não pagamento colectivo de portagens no Algarve revela a sua absoluta falta de dimensão política para o exercício dos cargos que ocupa.
É claro que a Amal e os seus presidentes ao fazerem este apelo à desobediência civil estão preparados para assumir no futuro as multas que os automobilistas algarvios vão receber mas a ideia em si é pior que a consequência.
Este tipo de argumento populista é próprio das discussões ao final do dia, entre vizinhos e copos de três, nos cafés e nas tabernas mas não é de todo admissível num dirigente político eleito presidente de uma Capital de Distrito e presidente de uma Associação de Municípios.
A velha tese maoista da liberdade na ponta da espingarda pode ainda fazer mover alguns dirigentes do Bloco de Esquerda e da falsa Comissão de Utentes da Via do Infante mas não pode ser a linha de rumo dos autarcas algarvios.
Pela qualidade da democracia, em nome da ética republicana e contra o populismo provinciano, seria muito bom que os autarcas do PS viessem, rapidamente, a público repudiar este género populista e irresponsável de estar e fazer politica.
Eu também não quero pagar IMI e Derrama.
ResponderEliminarNão quero pagar para ir às piscinas ou correr na Pista de Atletismo ou andar de canoa na ria formosa.
Não quero pagar para estacionar o carro e ter que ir de comboio para a Ilha de Faro.
Não quero pagar para que me vejam durante dois anos na Câmara um projecto que fiz numa semana.
Não quero pagar para ler um livro na biblioteca.
Não quero pagar para ir ao teatro ou para ir ao múseu.
Não quero pagar a exurbitancia que pago de água.
Não quero pagar pela esplanada, pela públicidade e pelo toldo do café ou do restaurante.
Eu também não quero pagar. Posso deixar de o fazer, sr. engenheiro Macário Correia?
vindo de quem vem so tenho que pagar o que o macario diz tem sempre segundo plano
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