«A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse hoje, em Faro, esperar ter “luz verde” para a construção do Hospital Central do Algarve no início do próximo ano, porque é uma “mais-valia para a saúde” e permitirá “conter custos”.
“Hoje estamos a 11 de dezembro e é pouco provável que seja ainda em 2010, mas estamos na final da análise de um concurso complexo de análise das Parcerias Público Privadas para a construção do novo hospital, em que o interesse público tem que estar garantido, mas está no bom caminho e esperamos que nos primeiros meses do próximo ano haja luz verde para isso”, afirmou Ana Jorge.
A governante disse ter “esperança” de que a crise não afectará a construção do novo hospital, no dia em que esteve no lançamento do livro que assinala 30 anos da existência do Hospital Distrital de Faro (que a nova unidade irá substituir), escrito pelo jornalista algarvio Neto Gomes.
“(A crise) Afeta no sentido de que foi preciso analisar dentro das PPP (as mais necessárias). Achamos que a construção desta casa nova é uma mais valia em saúde e permite algumas economias na gestão desta casa (Hospital de Faro). Achamos que vai ser feita porque houve uma boa análise”, afirmou a ministra.
Ana Jorge disse estar “com esperança de que a crise não vá afetar” a construção e no próximo seja possível “pensar na transferência deste hospital, que tem 30 anos, para outro de grande dimensão e maior qualidade”.
A governante seguiu depois para Estói, no concelho de Faro, onde vai lançar a primeira pedra da Unidade Cuidados Continuados de Longa Duração de Estói (Alcaria Branca), e à tarde estará em Portimão, na inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Al-Vita.
“Estas unidades fazem parte integral da rede de cuidados continuados. Vamos lançar agora (em Estói) a primeira pedra de uma unidade de uma Instituição Privada Solidariedade Social (IPSS) da Fundação Algarve e que é construída ao abrigo do Programa Modelar, que dá apoio financeiro para a construção. São unidades de longa duração e que tem 13 meses para a sua conclusão”, frisou Ana Jorge.
A governante sublinhou que o estado comparticipa, através do Programa Modelar 2, “com 750 mil euros par a construção, com garantia de que é feita com as regras definidas e é uma unidade de longa duração”.
“A outra Unidade (Em Portimão) é de uma entidade privada que a construiu e em cujo lançamento da primeira pedra estive presente há um ano atrás e hoje está pronta para ser aberta”, enalteceu ainda a ministra.
Ana Jorge precisou que também “faz parte da rede, de um contrato assinado com a Administração Regional de Saúde do Algarve para a sua abertura e é fruto da ligação que o sector privado tem feito com saúde nesta área dos cuidados continuados”.
“Foi construída só com a sua capacidade, mas é contratualizada com as mesmas regras que no sector social”, acrescentou ainda a responsável da pasta da saúde.
Questionada sobre a demissão da Alta Comissária da Saúde, Maria do Céu Machado, e sobre quem iria gerir o dinheiro que lhe estava atribuído, Ana Jorge garantiu que “nada está posto em causa, porque não é dinheiro do Alto Comissariado, mas que este geria para prestar cuidados de saúde”.
“E esse vão manter-se”, afirmou, frisando que no âmbito da extinção do organismo está “prevista no Plano Nacional de Saúde, com o acordo de as actividades do Alto Comissariado serem integradas noutros serviços, e estava combinada há muito tempo”.»
(Noticia: Região Sul)
Duas boas noticias para Faro e para o Algarve.
A primeira: A Ministra da Saúde reafirmou em Faro a construção do Hospital Central do Algarve, adiantando os primeiros meses de 2011 para a tomada de decisão política.
Ainda que se adivinhe que a oposição ao Governo venha desvalorizar este anuncio - verdade seja dita não é o primeiro, nem o segundo - este dossier não tem ponto de fuga para o PS e, em particular para o PS Algarve. Ou o Hospital avança até ao fim do Governo Sócrates - termine este quando terminar - ou o Partido Socialista entrará em campanha eleitoral no Algarve sem qualquer credibilidade.
A Segunda: Arrancaram as obras de construção da Unidade de Cuidados Continuados de Estoi. Trata-se de uma proposta eleitoral do PS Faro nas últimas eleições autárquicas, cujo processo teve inicio no anterior Executivo da Câmara de Faro com a doação de um terreno municipal à Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social do Algarve.
E o Hospital Central é mesmo necessário?
ResponderEliminarO Algarve já tem dois grandes hospitais que se podem constituir como Centro Hospitalar. Depois há que criar é condições para o 'desinternamento' hospitalar, de que as unidades de cuidados continuados são um bom exemplo, e investir em pequenas unidades de retaguarda, para além de tudo o que está previsto na reforma dos CSP. Estas grandes unidades, são TGVs que mais do que responder a verdadeiras necessidades, destinam-se a alimentar os grandes negócios com que se delapidam os dinheiros públicos, sem custos políticos e com aplausos provincianos garantidos.
Alguém me demonstra o contrário?
Deixem-se de conversas da treta.O hospital é necessário e urgente.Façam-no,porra!Viva Faro.
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