sábado, 11 de dezembro de 2010

Hospital Central do Algarve pode ter luz verde no início do próximo ano

«A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse hoje, em Faro, esperar ter “luz verde” para a construção do Hospital Central do Algarve no início do próximo ano, porque é uma “mais-valia para a saúde” e permitirá “conter custos”.

“Hoje estamos a 11 de dezembro e é pouco provável que seja ainda em 2010, mas estamos na final da análise de um concurso complexo de análise das Parcerias Público Privadas para a construção do novo hospital, em que o interesse público tem que estar garantido, mas está no bom caminho e esperamos que nos primeiros meses do próximo ano haja luz verde para isso”, afirmou Ana Jorge.

A governante disse ter “esperança” de que a crise não afectará a construção do novo hospital, no dia em que esteve no lançamento do livro que assinala 30 anos da existência do Hospital Distrital de Faro (que a nova unidade irá substituir), escrito pelo jornalista algarvio Neto Gomes.

“(A crise) Afeta no sentido de que foi preciso analisar dentro das PPP (as mais necessárias). Achamos que a construção desta casa nova é uma mais valia em saúde e permite algumas economias na gestão desta casa (Hospital de Faro). Achamos que vai ser feita porque houve uma boa análise”, afirmou a ministra.

Ana Jorge disse estar “com esperança de que a crise não vá afetar” a construção e no próximo seja possível “pensar na transferência deste hospital, que tem 30 anos, para outro de grande dimensão e maior qualidade”.

A governante seguiu depois para Estói, no concelho de Faro, onde vai lançar a primeira pedra da Unidade Cuidados Continuados de Longa Duração de Estói (Alcaria Branca), e à tarde estará em Portimão, na inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Al-Vita.

“Estas unidades fazem parte integral da rede de cuidados continuados. Vamos lançar agora (em Estói) a primeira pedra de uma unidade de uma Instituição Privada Solidariedade Social (IPSS) da Fundação Algarve e que é construída ao abrigo do Programa Modelar, que dá apoio financeiro para a construção. São unidades de longa duração e que tem 13 meses para a sua conclusão”, frisou Ana Jorge.

A governante sublinhou que o estado comparticipa, através do Programa Modelar 2, “com 750 mil euros par a construção, com garantia de que é feita com as regras definidas e é uma unidade de longa duração”.

“A outra Unidade (Em Portimão) é de uma entidade privada que a construiu e em cujo lançamento da primeira pedra estive presente há um ano atrás e hoje está pronta para ser aberta”, enalteceu ainda a ministra.

Ana Jorge precisou que também “faz parte da rede, de um contrato assinado com a Administração Regional de Saúde do Algarve para a sua abertura e é fruto da ligação que o sector privado tem feito com saúde nesta área dos cuidados continuados”.

“Foi construída só com a sua capacidade, mas é contratualizada com as mesmas regras que no sector social”, acrescentou ainda a responsável da pasta da saúde.

Questionada sobre a demissão da Alta Comissária da Saúde, Maria do Céu Machado, e sobre quem iria gerir o dinheiro que lhe estava atribuído, Ana Jorge garantiu que “nada está posto em causa, porque não é dinheiro do Alto Comissariado, mas que este geria para prestar cuidados de saúde”.

“E esse vão manter-se”, afirmou, frisando que no âmbito da extinção do organismo está “prevista no Plano Nacional de Saúde, com o acordo de as actividades do Alto Comissariado serem integradas noutros serviços, e estava combinada há muito tempo”.»
(Noticia: Região Sul)

Duas boas noticias para Faro e para o Algarve.

A primeira: A Ministra da Saúde reafirmou em Faro a construção do Hospital Central do Algarve, adiantando os primeiros meses de 2011 para a tomada de decisão política.

Ainda que se adivinhe que a oposição ao Governo venha desvalorizar este anuncio - verdade seja dita não é o primeiro, nem o segundo - este dossier não tem ponto de fuga para o PS e, em particular para o PS Algarve. Ou o Hospital avança até ao fim do Governo Sócrates - termine este quando terminar - ou o Partido Socialista entrará em campanha eleitoral no Algarve sem qualquer credibilidade.

A Segunda: Arrancaram as obras de construção da Unidade de Cuidados Continuados de Estoi. Trata-se de uma proposta eleitoral do PS Faro nas últimas eleições autárquicas, cujo processo teve inicio no anterior Executivo da Câmara de Faro com a doação de um terreno municipal à Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social do Algarve.

2 comentários:

  1. E o Hospital Central é mesmo necessário?
    O Algarve já tem dois grandes hospitais que se podem constituir como Centro Hospitalar. Depois há que criar é condições para o 'desinternamento' hospitalar, de que as unidades de cuidados continuados são um bom exemplo, e investir em pequenas unidades de retaguarda, para além de tudo o que está previsto na reforma dos CSP. Estas grandes unidades, são TGVs que mais do que responder a verdadeiras necessidades, destinam-se a alimentar os grandes negócios com que se delapidam os dinheiros públicos, sem custos políticos e com aplausos provincianos garantidos.
    Alguém me demonstra o contrário?

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  2. Deixem-se de conversas da treta.O hospital é necessário e urgente.Façam-no,porra!Viva Faro.

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