A esperança e a fé parecem ser as "últimas coisas a morrer" para os 336 trabalhadores da Groundforce despedidos em Faro. Foi com estes sentimentos que centenas de funcionários e familiares da escala algarvia da empresa da TAP saíram ontem de uma missa de apoio presidida pelo bispo do Algarve na Igreja de São Pedro, em Faro.
"Têm de ser fortes e conseguir enfrentar as dificuldades", disse no final da homilia o bispo, D. Manuel Quintas, completamente solidário com os funcionários, que foram alvo de um despedimento colectivo, mas que ainda acreditam numa solução. "A decisão de encerrar a escala de Faro parece já estar tomada, mas a esperança numa solução é sempre a última a morrer", desabafou ao CM Mário Carmo, que já trabalha na Groundforce há 22 anos.
A TAP propôs o envio de 18 funcionários para a pré-reforma e a mobilidade de um elemento de cada um dos 15 casais para outras escalas: Lisboa, Porto ou Funchal. No entanto, os trabalhadores entendem que é "uma não-proposta", por separar os casais. "Construímos a vida no Algarve e, agora, teríamos de começar tudo de novo noutro local, ou então teríamos de pagar duas rendas de casa", lamenta uma funcionária, que pediu para não ser identificada, cujo marido recebeu uma proposta de mobilidade.
As conversações para conseguir um entendimento entre os sindicatos e a administração da Groundforce continuam.
(Noticia: Correio da Manhã)
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