Ala de psiquiatria está a ser remodelada, com alguns pacientes lá dentro. Falta de espaço impossibilitava outras opções, diz Administração, que garante que o futuro vai ser melhor para os doentes.
Foram obras de cerca de um mês, com pó no ar e barulho, mantendo no interior alguns funcionários e parte dos pacientes da Psiquiatria.
Mas o pior já passou, garante a administração do Hospital de Faro, que diz que agora há apenas obras menores ao nível das instalações sanitárias.
Em declarações ao Observatório do Algarve Ana Paula Gonçalves, presidente do Conselho de Administração do Hospital, admite que a situação gerou alguns inconvenientes, mas diz que tudo faz parte de um plano maior, de reestruturação da área da saúde mental no Algarve, ao nível hospitalar, para garantir maior proximidade com os pacientes.
“Nós temos, no Plano Nacional de Saúde, um novo paradigma que inclui mais saúde comunitária e cuidados de proximidade com os doentes, evitando o internamento ou dando altas mais cedo, para tratá-los nas suas residências”, diz.
Segundo a responsável, o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, que funciona junto à Escola Superior de Saúde candidatou-se a dois financiamentos do Alto Comissariado da Saúde, um para melhorar as condições de internamento e outro para intervir na área comunitária.
Do primeiro, fazem parte as obras de substituição integral do pavimento, áreas sanitárias (ainda em curso), zonas de fumo e salas de espera. Do segundo, a aquisição de veículos (um deles financiado pelo programa, o outro pelo próprio Hospital de Faro) que permitam a equipas multidisciplinares o atendimento fora de Faro, em Albufeira e Loulé.
“Nós adquirimos viaturas para que os médicos se possam deslocar aos Centros de Saúde, mas com equipas que incluem médicos psiquiatras, psicólogos e enfermeiros e ainda técnicos do serviço social”, afirma Ana Paula Gonçalves.
A ideia, diz, é promover o atendimento de proximidade e assim diminuir o internamento na Psiquiatria, evitando ao mesmo tempo que os pacientes que vivem longe de Faro tenham episódios de agudização da doença.
“É um mundo diferente de doença daquela a que estamos em geral habituados, é de facto um mundo às vezes à parte mas que tem muita proximidade e muita afectividade por parte dos pacientes”, reconhece a presidente do Hospital de Faro, admitindo que a actual separação dos espaços, entre a Unidade e o Hospital, não é intencional nem desejável.
“No novo Hospital, quando estiver feito, a Psiquiatria está englobada dentro do próprio edifício e estará lá integrada com o seu próprio espaço. E isso é o ideal porque estes pacientes também podem ter complicações de outro tipo, como toda a gente e ter de recorrer aos outros serviços do Hospital”, explica.
Actualmente, em média, o serviço tem cerca de 35 pacientes internados mas há muitos outros que recorrem apenas às consultas externas seja em Faro, junto à Escola Superior de Saúde, perto do Fórum Algarve, seja agora também em Loulé e Albufeira, nos respectivos Centros de Saúde.
Nos últimos tempos, o serviço consegue já garantir o atendimento durante todos os dias da semana, exceptuando o período nocturno, em que situações muito agudas terão de recorrer à Urgência geral ou, em último recurso, ser transferidas para Lisboa.
Por outro lado, o Hospital contratou também uma especialista em Pedopsiquiatria, para atender os mais novos, serviço que funciona no edifício do Hospital de Faro.
(Noticia: Observatório do Algarve)
Aparenta ser um esforço sério para resolver dificuldades de funcionamento.Porém, é dos livros que as mudanças provocam sempre algum transtorno e incomodidade.Assim sendo,porque parece não haver dúvidas da qualidade das medidas tomadas,endereço daqui as minhas sinceras felicitações a todos os protagonistas,profissionais do Departamente de Psiquiatria e Saúde Mental e respectiva Administração.Viva Faro.
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