sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mendes Bota quer ouvir secretário de Estado do Ambiente no Parlamento sobre Plano da Costa Vicentina

«O deputado Mendes Bota propôs ao Grupo Parlamentar do PSD que requeira a audição conjunta do secretário de Estado do Ambiente e dos presidentes das autarquias de Vila do Bispo, Aljezur, Odemira e Sines, sobre a revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.

Segundo o deputado algarvio, em requerimento que deu entrada hoje, estes responsáveis deveriam ser ouvidos no âmbito da Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.

Para Mendes Bota, “perante o desconhecimento sobre o que afinal terá sido ou não aprovado pelo Governo, e face às graves acusações proferidas pelos autarcas, torna-se imprescindível e urgente esclarecer o cumprimento da legalidade processual que conduziu à aprovação do Plano, bem como o respeito do mesmo pelos compromissos assumidos com as autarquias envolvidas”.

O parlamentar acrescenta que “a audição do Secretário de Estado do Ambiente, em vez da Ministra da pasta, justifica-se por dois motivos. Por um lado, à luz de experiências anteriores, é muito baixa a expetativa de que a Ministra possa ou saiba responder satisfatoriamente às questões que lhe são colocadas. Por outro lado, o Secretário de Estado é apontado como o responsável maior pelo diploma ora contestado pelos presidentes das Câmaras Municipais de Vila do Bispo, Aljezur, Odemira e Sines”.

Mendes Bota considera “demasiado graves para serem ignoradas, as acusações dos autarcas”, que se consideraram “enganados”, “desacreditados”, “desinformados”, “ignorados”, “desconsiderados” e “subalternizados”, numa palavra, traídos, pela atitude do Governo, que consideraram “indigno”, “arrogante”, “prepotente”, “trapalhão” e de estar neste processo com”má-fé”, tendo ignorado o compromisso de dar conhecimento atempado da versão final do documento, antes da sua aprovação.

O deputado do PSD diz ainda que, “no mínimo, o Governo cometeu uma ilegalidade processual, ao infringir o artigo 40º, nº 4, do Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de Setembro (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial), que o obrigava a informar previamente à aprovação do diploma os autores dos contributos, propostas e opiniões manifestadas durante a discussão pública que teve lugar entre 18 de Março e 30 de Abril de 2010, e da sua incorporação ou não no documento final, e respetivas justificações”.

Mendes Bota entende que “deve ser esclarecida a situação das medidas preventivas para a área deste Parque Natural, cujo prazo de vigência, improrrogável, expira no próximo dia 10 de Fevereiro de 2011, caso a publicação do diploma relativo ao novo Plano de Ordenamento venha a ocorrer posteriormente”.

Irá também dar entrada na Assembleia da República um conjunto de Perguntas ao Governo sobre a problemática do Plano de Ordenamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, subscrito pelos deputados algarvios do PSD, Mendes Bota e Antonieta Guerreiro, que serão divulgadas oportunamente.»
(Noticia: barlavento)

O PSD não tem nenhuma presidencia de câmara na Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, mas Mendes Bota considera que o grito de revolta desses autarcas foi demasiado grave para deixar de ser, também, escutado na Assembleia da República. O Deputado Algarvio, depois dos eleitos socialistas terem entregue um pedido de esclarecimento ao Ministério do Ambiente, quer ouvir o Secretário de Estado do Ambiente e os presidentes das câmaras de Vila do Bispo, Aljezur, Odemira e Sines no Parlamento até porque diz, exceptuando o Ministério do Ambiente e o ICNB, ninguém conhece o recém aprovado Plano de ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.



Os deputados socialistas enviaram o requerimento do costume. O deputado social democrata sobe a parada com uma audiência do governante na Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.


Vamos ver se este assunto, sério para muitas pessoas que vivem no parque Natural, não se transforma numa luta partidária para ver quem ganha a agenda mediática, perdendo-se o essencial - alcançar um Plano que concilie a defesa do Ambiente com a vida das pessoas que ali residem.

1 comentário:

  1. O Bora aceitou calado a perda de autonomia administrativa e financeira dos Portos do ALgarve.É regionalista?Aparenta ser só um número de Carnaval.C.C.

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