sábado, 4 de dezembro de 2010

Comércio perdeu 3 mil empregos entre 2008 e 2009

O secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueira, disse hoje no Algarve que o comércio perdeu entre 2008 para 2009 três mil postos de trabalho, mas que é o setor que melhor tem reagido à questão do desemprego.

À margem da celebração de um contrato de cooperação entre a cadeia sueca Ikea e a Câmara de Loulé, o secretário de Estado do Comércio explicou que em tempo de crise o setor do comércio foi o que menos sobre com o desemprego.

“O comércio, neste período de crise, e de 2008 para 2009, perdeu cerca de três mil postos de trabalho. Ora no período alto da crise o comércio tem sido o setor que melhor tem reagido ao desemprego”, reiterou.

Questionado pela Agência Lusa sobre se a futura loja do Ikea, prevista para ser criada até 2015 em Loulé, iria causar desemprego no comércio tradicional, Fernando Serrasqueira reiterou que o comércio tem criado emprego e que é o setor que “melhor tem resistido”.

A criação de uma nova grande superfície no Algarve preocupa, todavia, a Associação Comercial da Região do Algarve (ACRAL) estima que a criação dos mais de três milhares de postos de trabalho – direto e indireto - pelo grupo Ikea podem fazer milhares de desempregados no comércio tradicional regional.

O presidente da ACRAL, João Rosado, cita um estudo feito pela Universidade Católica, a pedido da Confederação do Comércio Português (CCP) em 2004, que indica que por cada posto de trabalho criado numa nova grande superfície são extintos quatro no comeércio local”.

O secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueira, refere que essa estimativa é um “axioma”.

“O estudo da Universidade Católica começa por dizer que a CCP diz que por cada posto de trabalho criado se perdem quatro, ora isso é um axioma, é considerado à partida, mas não está provado em lado nenhum e só a partir daí é que se fazem as conclusões”, argumenta Fernando Serrasqueira.

Também em Loulé, mas no eixo Loulé/Quarteira, está equacionado um projecto da Auchan, denominado "Alegro Algarve", representando um investimento de 400 milhões de investimento e quatro mil postos de trabalho direto numa área total de 40 hectares. Todavia, e ao contrário do projeto do Ikea, ainda não deu entrada nenhum pedido de licenciamento de localização junto das autoridades.
(Noticia: Região Sul)

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