segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Presidente da Casa dos Rapazes critica Câmara de Faro

«O presidente da instituição de solidariedade de Faro, reivindicou a criação de uma Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) para o Algarve com o objetivo de unir esforços e pedir responsabilidades às autarquias.

"Tem de haver um pólo de congregação de esforços no Algarve", declarou António Barão, numa intervenção que realizou na primeira reunião de trabalho da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), em Lagoa, no Convento de S. José.

Para o presidente da direção da Casa dos Rapazes, é urgente que seja criada uma rede de instituições de solidariedade social no Algarve e, dessa forma, poder exigir às autarquias que não "fujam das suas responsabilidades".

António Barão lamentou que quando pede subsídios às autarquias de onde são oriundas as crianças carenciadas que vivem na Casa dos Rapazes, as respostas dadas à instituição é de que não podem ajudar, porque já subsidiam a 'petanca' ou o um qualquer clube desportivo".

O diretor da Casa dos Rapazes recordou, por exemplo, que a Câmara de Faro está em falta no financiamento de um projeto para uma creche no âmbito do programa PARES que servirá cerca de 40 crianças.

A comparticipação da Câmara de Faro para a creche é de "35%, 50% da Segurança Social e 15 %da Casa dos Rapazes", mas como a autarquia não entrega a sua parte e para que a obra não pare, a Casa dos Rapazes recorreu a um empréstimo de "390 mil euros à banca", disse.

A Casa dos Rapazes é uma Instituição Particular de Solidariedade Social criada em 1944, que acolhe, educa e integra na sociedade 60 rapazes com idades compreendidas entre os seis e os 18 anos, que se viram privados de meio familiar normal.

A Agência Lusa questionou a Câmara Municipal de Faro sobre o atraso na comparticipação da creche, e o chefe do Gabinete da Presidência de Macário Correia, Cristóvão Norte, explicou que a autarquia tem intenção de proceder ao pagamento à Casa dos rapazes, mas devido às já conhecidas dificuldades financeiras aguarda que o Governo aprecie e aprove o plano de reequilíbrio financeiro da câmara, aprovado em Assembleia Municipal.

"A autarquia pretende pagar todos os compromissos que foram feitos nos últimos anos, sabendo que não havia dinheiro para os pagar", acrescentou Cristóvão Norte.»
(Noticia: Observatório do Algarve)

António Barão tem razão quando critica a Câmara de Faro pela ausência de uma política de desenvolvimento social do Concelho e por gritante insenssibilidade no cumprimento das responsabilidades financeiras que assumiu com as instituições particulares de solidariedade social de Faro.

A actual maioria não pode dever milhares de euros a IPSS's e dizer que um dia pagará as dividas.

Nem pode aos sábados visitar estas creches. jardins-de-infância, lares para idosos, centros de dia e lares para pessoas para deficiência que o anterior Executivo do PS lançou em conjunto com a Segurança Social e com as direcções das IPSS's, fazendo comunicados de imprensa e fotografias para publicação no boletim municipal e depois quando é confrontada com as dívidas dizer que isso é com os outros que já lá não estão.

Entre Dezembro de 2005 e Outubro de 2009 Faro foi dos concelhos portugueses que mais se evidênciou e investiu na rede de equipamentos sociais, superando, inclusíve, a meta de Barcelona no que às vagas em creche diz respeito. Investimentos que abragem ainda jardins-de-infância, centros de dia, lares para idosos, serviço de apoio domiciliário, equipamentos para a deficiência, unidades de cuidados continuados que qualificam o Concelho e aumentam a qualidade de vida das famílias.

Foi uma opção política, na nossa opinião, correcta. Incorrecto é não orientar as prioridades da câmara para pagar o que é devido a estas IPSS's que se abalançaram nestes grandes investimentos e que agora estão completamente endividadas perante a banca. Incorrecto é existirem equipamentos prontos e concluídos e não poderem ser utilizados por que a Câmara não cumpre com as suas responsabilidades financeiras.

1 comentário:

  1. Caro Barão o Macário ignora o social.É um empecilho dispensável.É uma postura de labrego, mas tu já o conheces desde os tempos da CCRAlgarve. Viva Faro.

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