terça-feira, 22 de junho de 2010

Câmara de Faro proíbe cafés

O discurso populista contra os funcionários públicos é uma das cartas eleitorais mais jogadas em Portugal (são votos garantidos). Em regra os portugueses depreciam os trabalhadores do Estado e aplaudem todos os que armados de chicote verborreiam contra os funcionários públicos. Poucos são os políticos que resistem à tentação, sendo o cúmulo da demagogia, quando o decisor máximo de um desses organismos é o primeiro a achincalhar na praça pública aqueles por quem tem o dever de orientar, motivar e dirigir. É a total desresponsabilização.

O Presidente da Câmara de Faro resolveu proibir os funcionários do Município de sair à rua para beber café.

Está-se ver as palmadinhas nas costas que vai receber da próxima vez que alguém lhe pedir ajuda para um determinado processo ou pedido que esteja em análise na Câmara “Já tratei disso. Acabou-se o regabofe. Esta malta estava habituada a não fazer nada. Agora vão trabalhar, que eu até os proibi de sair à rua para tomar café”.

O tempo irá mostrar que do ponto de vista estrutural nada vai mudar, porque este tipo de atitude é vazio, não tem conteúdo, não gera motivação, espírito de equipa, orgulho profissional, método ou disciplina. Pelo contrário, ao apelidar, por igual, todos os funcionários de preguiçosos só gera mau ambiente, desconforto e desprestigia a instituição a que preside.

O hábito de sair por uns momentos do local de trabalho para tomar café não é exclusivo dos trabalhadores públicos, duvido mesmo que exista empresa privada onde isso não aconteça ou trabalhador que nunca o tenha feito.

A pergunta que fica sem resposta é o que terá acontecido aos processos de auditoria externa que o anterior executivo desenvolveu em diversos sectores da Câmara Municipal e que, nalguns casos (Museu, Teatro, Biblioteca, Departamento de Urbanismo), deveriam conduzir à certificação de qualidade dos respectivos serviços, mediante a introdução de novos conceitos de gestão e de procedimentos administrativos e técnicos.

Sim, este caminho tem menos efeitos mediáticos, é mais moroso, requer maior conhecimento técnico e envolvimento dos trabalhadores mas é o único capaz de alterar a realidade e as práticas e aumentar a produtividade dos serviços.

É uma pena que a actual maioria prefira mascarar a realidade com proibições para “farense” ver e jogue tudo na exploração da inveja social, tentando colocar os munícipes contra os funcionários da sua própria Câmara.

8 comentários:

  1. Se havia excessos e em todas as empresas e organismos há sempre alguêm que comete excessos deve ser punido, mas o justo não pode pagar pelo pecador.

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  2. Guarda de cemitério e coveiro. Vai levar Faro e a Câmara para o descredito total.

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  3. Depois deste e do Vitorino o PSD não volta a ganhar eleições em Faro nos próximos 20 anos.

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  4. demagogia. demagogia. demagogia.
    Este tipo é um embuste.
    O pior é que ainda faltam três anos e três meses para lhe calçarmos os patins.
    Mas vai de corrida para casa. Ai vai, vai!

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  5. Que grande embuste,
    Que grande vergonha para Faro,
    Que grande vergonha para os funcionários da C.M.F.
    Que grande vergonha,pelo silêncio dos partidos da oposição,
    Quem para este senhor ?
    Os farenses não merecem isto,são pessoas de bem.

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  6. Pura demagogia, quando esta pessoa traz para a CMF as maiores nódoas de Tavira! E para as trazer, funcionários de Faro foram despedidos!!! Meninas que não dão o exemplo, permitem que os seus funcionários protegidos, caçadores e pescadores se dêem ao luxo de ficarem na hora de trabalho a pesquisar na Internet os melhores locais de caça e pesca... que a secretária ande de sala em sala a "bufar"... que não percebem nada de nada... e depois vem com um grande alarido sobre os cafés que os funcionários tomam!!!

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  7. Diz quem sabe e conhece, que a personagem que trouxe de Tavira, para a Educação, corria todos os cafés da baixa durante as horas de serviço. Os cabeleireiros e lojistas também a conhecem muito bem. Ficou bem conhecida em Tavira e não foi por ser boa profisssional, ou competente...muito pelo contrário! Que tristeza...

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  8. Na festa de Verão em Cachopo, deixem a malinha resvalar do ombrinho. Se algum cavaleiro andante vos colocar a mãozinha no ombrinho para a malinha não escorregar...está garantido..tornam-se grandes amigas do cavaleiro andante. E, talvez um dia cheguem a directoras de alguma coisa...quem sabe...

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