Não estão em causa as medidas que a Ministra Helena André e o Governo adoptaram para evitar a fraude e os abusos nas prestações do Sistema de Protecção Social de Cidadania, pelo contrário, o Diploma agora publicado, introduz maior rigor e transparência e responde, em minha opinião bem, ao desafio que é necessário ganhar para manter o Estado Social europeu, numa altura em que não existe crescimento económico para suportar mais despesas sociais.
Se após a II Guerra Mundial, nomeadamente desde o Tratado de Paris e a criação da Comunidade Económica do Carvão e do Aço, a Europa viveu um período (quase) continuo de crescimento económico, que acompanhou e suportou a introdução de um conjunto de direitos sociais relevantes, o momento actual de estagnação económica, acrescido das alterações demográficas e da própria estrutura económica e empresarial, obriga a implementação de medidas de rigor, fiscalização e justiça que garantam o equilibro entre a despesa social e a criação de riqueza.
Estas medidas não representam cortes sociais, como alguns têm dito, estas medidas introduzem justiça social. Não se salva o Estado Social com o aumento exponencial da despesa, como alguma extrema-esquerda parece defender, nem se salva a economia equiparando o nosso modelo social à China como alguma direita parece desejar.
O que falta agora é transpor estas exigências dirigidas aos mais pobres e desprotegidos, que já se traduzem no levantamento do sigilo bancário e fiscal, também para os outros ramos da economia para que não seja mais difícil passar por pobre do que ser banqueiro do tipo BPN ou especulador financeiro ao estilo Madof.
Gostava de ter escrito isso.
ResponderEliminarNem mais!
Silvia