sexta-feira, 18 de junho de 2010

E tu que equipamento público queres à porta de casa?

Um grupo de cidadãos de Faro resolveu juntar-se esta noite para discutir o futuro de um terreno público, cedido à Câmara, no âmbito de uma operação de loteamento, para a instalação de um equipamento municipal. Fica ali na Urbanização Horta das Figuras, ao lado da parcela cedida ao Farense (que o vendeu à GALP para a construção de uma bomba de gasolina), tendo ambas sido utilizadas para a realização das cerimónias militares do 10 de Junho.

Trata-se de um acto de cidadania de registo mas que (pode) levantar perigos.

Sendo verdade que os moradores da Horta das Figuras têm razão para estar desconfiados da autarquia, depois desta (durante a presidência do PSD / José Vitorino) ter admitido que uma bomba de gasolina é um equipamento público, não podemos deixar de problematizar o que seria do equilíbrio territorial e municipal se todas as pessoas, em todas as urbanizações, pudessem escolher os equipamentos públicos a instalar onde compraram a sua casa.


Não é difícil imaginar que todos desejam ter jardins e espaços verdes, mas quantos quereriam à porta de casa um lar para pessoas com deficiência, um centro de apoio a toxicodependentes, uma sopa dos pobres, um centro de abrigo..?


Espero que o debate seja sério e frutuoso.

4 comentários:

  1. Eu também queria um jardim de 5 hectares à volta do meu prédio, com parque infantil e carrocel, mas só tenho um jacarandá murcho!

    Idália Mendonça

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  2. Quando era pequenino, os meus amigos diziam"quem dá e tira vai para o inferno".Uma parcela deste terreno foi doado ao S.C.F., por proposta da Câmara e decisão da Assembleia Municipal.
    Não gostava de ver o Engº. Macário Correia,ser queimado no inferno,mas,para lá se emcaminha.
    Cheta

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  3. Já comeram com o 10 de Junho no terreno, a rede que separava a Horta das Figuras do resto da populaça já foi retirada e o circo já monta arraiais com o estacionamento a ser feito dentro da urbanização. Eu se morasse lá também ficava preocupado. Ai não que não ficava!

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