sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ilha da Culatra quer desafectação do Domínio Público Hídrico

A tentativa de justificação da Sociedade Polis às noticias que aqui demos realce são piores que a emenda. Agora ficamos a saber que mesmo depois de seis meses (e ainda continua) a verificar documentos para comprovar se determinada habitação é de primeira residência e, assim, ligar a água canalizada, nada obsta a que depois a mesma não venha a ser cortada e a casa demolida.

Se é tudo relativo e provisório porque razão mais de uma centena de famílias continuam a beber água inquinada e não lhes é ligada a água com a desculpa que primeiro é preciso verificar se, de facto, vive na Ilha.

Tem razão, infelizmente, a Culatra para querer abandonar o Parque Natural da Ria Formosa e o Domínio Público Hídrico. Pena é que a alternativa (passar para a tutela da Câmara) não se adivinhe melhor para os culatrenses.

(Fotografia Barlavento)

3 comentários:

  1. O problema é que niunguém pode abandonar o Domínio Público Marítimo ou o Parque Natural porque quer.
    O Domínio Público Marítimo é um figura que abrange todo o litoral, existirão parcelas privadas ou zonas desafectadas, mas tal não impede que as normas gerais aplicáveis ao litoral não sejam mantidas.
    E para ficar sobre a tutela da Câmara tem que ser desafectada, e este processo é da única responsabilidade das entidades do Ministério do Ambiente, da Defesa etc, por isso não me parece que neste ponto da situação alguém venha abrir este proceso.

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  2. Moro em Faro há apenas 1 anos e só no ultimo fim-de-semana tive oportunidade de conhecer a Culatra e conversar com os moradores. Se calhar os senhores do POLIS, tal como eu, não conhecem a realidade daquelas pessoas. Não é uma ilha fantasma. As familias moram lá o ano todo e não vão lá so nas férias, como alguns senhores noutras ilhas. É imoral continuarem a prejudicar assim uma comunidade. Talvez se um dos moradores cedesse a casa a um ex-autarca ou governador civil, as questões burocráticas fossem ultrapassadas...

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  3. Não sei se é verdade ou não, mas ouvi falar que muitos culatrenses venderam as casas a espanhois. Talvez por isso parte das casas não tenham papeis... Seja como for, quem mora lá deveria já ter água canalizada há muito tempo. É terceiro mundista ter de se viver com água de garrafão.

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