Completaram-se ontem 100 anos sobre a inauguração em Faro do obelisco a José Bento Ferreira de Almeida, maçon e figura polémica da política portuguesa do final do século XIX.
Nascido em Faro em 1847 foi capitão-de-mar-e-guerra, governador colonial, (Moçâmedes 1878 a 1880), deputado eleito pelo círculo de Faro-Loulé em 1884 e reeleito em todas as legislativas até 1901. Em 10 de Junho de 1891 defendeu nas Cortes a venda das colónias (à excepção de Angola e de S. Tomé e Príncipe), como forma de pagar a dívida externa e fomentar o desenvolvimento do país, ideia que gerou um forte repulsa.
Par do reino e ministro da marinha em 1895, num governo de Hintze Ribeiro, aboliu os castigos corporais usados na armada, tendo fundado, em Faro, a Escola de Alunos Marinheiros do Sul.
Faleceu em 1902 em Livorno (Itália). Por sua determinação o cadáver foi cremado. Quando as cinzas do seu corpo chegaram a Lisboa não lhe foram prestadas honras militares.
O Obelisco a Ferreira de Almeida bem que carece actualmente de algumas “honras”, nomeadamente limpeza e, se não for pedir de mais, uma sinalética que explique o seu significado.
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