A Ilha da Culatra festejou o seu aniversário, celebrando os 23 anos da AMIC – Associação de Moradores da Ilha da Culatra, estrutura associativa que ao longo dos anos vem se assumindo como o interlocutor oficial daquela comunidade piscatória.
Este ano a biodiversidade marcou a celebração com a assinatura do contrato no âmbito do Programa Operacional Pesca PROMAR 2007-2013. Em causa está a execução de um novo recife artificial ao largo da Culatra, seguindo uma candidatura apresentada pelo anterior Executivo da Câmara de Faro em Março de 2009, representando um investimento de 1,2 milhões de euros, co-financiado em 75% pelo Fundo Europeu das Pescas.
O projecto prevê a colocação de 1050 módulos cúbicos de betão que vão ocupar uma área de 0,88 km2, seguindo um tipo de organização semelhante à dos sistemas recifais já implantados no Algarve pelo IPIMAR, com o objectivo de garantir a reprodução das espécies, aumentar a biodiversidade e os resultados económicos da pequena pesca no espirito da responsabilidade.
Aquela comunidade piscatoria decidiu ainda aderir ao programa “adopte uma pradaria marinha”, promovido pelo Centro de Ciências do Mar da universidade do Algarve e que visa o envolvimento dos cidadãos na protecção destes ecossistemas. Precisamente uma das pradarias marinhas situa-se junto da Ilha da Culatra cuja população compromete-se agora a preservar.
A Marinha também se associou aos festejos promevendo um curso de formação sobre segurança junto dos profissionais da pesca da Culatra e o IPTM e a Câmara de Faro anunciaram de que estarão para breve as ligações maritimas entre o Cais Comercial de Faro, a Ilha da Culatra e o Farol.
Foi um dia em cheio para os culatrenses que depois do Estado ter executado um investimento de 8 milhões de euros continuam a lutar pelas suas casas e pelo diretio constitucional de terem acesso a água potável e esgotos tratados.
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