Associação profissional denuncia ilegalidades e perseguição da Câmara de Faro sobre bombeiros municipais

Várias viaturas dos Bombeiros Municipais de Faro, agora integrados na FOCON – Força Operacional Conjunta, constam do Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Faro como sendo propriedade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Faro, entidade que, ao invés da FOCON, é quem representa o município naquele plano.

Das quatro viaturas referidas no PDDFCI como pertencendo ao dispositivo dos Bombeiros Voluntários de Faro, três serão, afinal, propriedade dos Bombeiros Municipais.

O caso foi denunciado pela Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais que em comunicado acusa o Plano de não corresponder à realidade e ainda que a maior parte das tripulações são compostas por bombeiros municipais, “os Bombeiros Municipais de Faro vêem-se forçados a incorrer em ilegalidades, sendo obrigados a efectuar serviços posteriormente remunerados através da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Faro – 30 euros por 12 horas de trabalho, sem declaração ao Estado” acusa a ANBP.

A Associação e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais denunciam ainda a perseguição que está a ser feita pela Câmara de Faro aos Bombeiros Municipais com “a transferência de bombeiros para desempenho de funções que nada têm a ver com o conteúdo funcional e a carreira de bombeiros – especialmente, quando há falta de bombeiros”, situação que piora quando estão englobados na FOCON bombeiros voluntários “aos quais não conhecemos nem formação, nem avaliações – nomeadamente físicas – ou exames médicos” uma perseguição política que segundo aquela associação profissional surgiu depois da manifestação de bombeiros profissionais que teve lugar em Faro contra a criação da FOCON.

Face à gravidade das situações que a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais denuncia, não sendo de esperar outra coisa se não silêncio por parte da Câmara Municipal de Faro, resta esperar que o Governo Civil de Faro não seja cúmplice e assuma as suas responsabilidades, explicando publicamente o que se está a passar com o Plano Operacional Distrital de Defesa da Floresta, nomeadamente com o uso de viaturas dos Bombeiros Municipais em nome dos Voluntários e o alegado pagamento de honorários, sem declaração ao Estado, efectuado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Faro a elementos dos Bombeiros Municipais.

Diz o povo na sua imensa sabedoria: "o que nasce torto, tarde ou nuca se endireita" e assim vai a FOCON de Faro., cada vez mais torta.

P.S. Esta notícia foi escrita com base em várias informações de uma denúncia efectuada por um leitor do PALRADOR a quem agradecemos a colaboração.