"A ria tem vindo a assorear bastante nos últimos cinco anos, mas no Inverno passado piorou bastante e já começou a surgir um caminho pedonal para a praia. Estou aqui há dez anos e nunca tinha visto nada assim", diz Francisco Queirós, 42 anos, funcionário do restaurante O Costa, em Fábrica, localizado mesmo em frente à península de Cacela.
As alterações que estão a ocorrer no leito da ria até facilitam o percurso dos veraneantes até à praia, mas para os pescadores artesanais da zona, o assoreamento da ria está a provocar prejuízos avultados. "Amêijoa, berbigão, lingueirões, ostras: com esta areia morre tudo", descreve Marco Silva, 36 anos, pescador da zona de Cacela.
A ARH revelou que a situação de assoreamento da ria Formosa está actualmente a ser "avaliada" num estudo que foi encomendado pela Polis Litoral ao LNEC, estudo esse que deverá identificar também "as zonas onde deverão ser realizadas operações de dragagem". Neste momento, a ARH diz não ter ainda os resultados do estudo, não estando por isso prevista nenhuma intervenção específica para resolver o problema de assoreamento na zona de Cacela.
Enquanto que em Faro, para além de não se ver nenhuma obra do programa Polis, só se fala em demolições, Vila Real de Santo António, o Município com menor cota na sociedade, já aparece nos jornais e duma forma muito inteligente, como nesta reportagem do Público, a reivindicar dragagens na sua zona da Ria Formosa e depois queixamo-nos que os outros conseguem tudo e Faro não.
Já não seria tempo de se ver “trabalho” deste Executivo Municipal?
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