Não haver aumentos de impostos, nomeadamente através de cortes fiscais na saúde ou educação, e cortar fortemente na despesa são as condições dos sociais-democratas para o Orçamento de Estado de 2011.
Pedro Passos Coelho deu ontem na festa algarvia do Pontal, em Quarteira, um sinal forte de que dificilmente o PSD dará o seu voto ao Orçamento do Estado (OE) do Governo socialista para 2011. E já depois do discurso, segundo o Público, afirmou que dá um prazo ao Executivo de José Sócrates para definir as suas políticas e assim poder contar com um eventual apoio social-democrata: 9 de Setembro, a data-limite para o Presidente da República dissolver a Assembleia da República antes das eleições presidenciais de Janeiro de 2011. Desafiou mesmo o PS a “devolver a palavra aos portugueses” até ao dia 9 do próximo mês, enquanto o Presidente da República tem "os seus poderes intactos".
Os socialistas reagiram pela voz do seu porta-voz, Vitalino Canas (a passar férias em Albufeira) que classificou a posição do líder do PSD de “irresponsabilidade total”, acusando Pedro Passos Coelho de estar a preparar um ambiente de crise política “"Em pleno mês de Agosto, o doutor Pedro Passos Coelho veio dizer que é possível que haja, pela mão do PSD, uma crise política a partir de Setembro com a possibilidade de eleições antecipadas. É a primeira vez é tão claro no seu discurso ao abrir esta possibilidade, associando essa crise política com a não aprovação do Orçamento do Estado para 2011 e dizendo aos portugueses que o PSD está disponível para que essa crise política possa existir".
Também no Algarve (Montegordo) o Secretário-geral do PCP reagiu ao discurso do Pontal, Jerónimo de Sousa diz que “é um tiro de pólvora seca. Se o PSD estivesse de facto verdadeiramente interessado numa crise institucional e em eleições não tinha, em primeiro lugar, votado ou viabilizado o Orçamento do Estado e, em segundo lugar, até foi mais longe, porque poderia ter-se abstido em relação ao Plano de Estabilidade e Crescimento [PEC] e às suas medidas adicionais”.
Nota 1: Pelos discursos e reacções o país político parece estar todo no Algarve: Pedro Passos Coelho em Quarteira, Vitalino Canas em Albufeira, Jerónimo de Sousa em Montegordo.
Nota 2: Como era de esperar nem uma palavra se ouviu no Pontal sobre as portagens na Via do Infante.
o "rabit" está a ver as sondagens a baixar e quer fazer como certos outros animais, alçar a pata para marcar terreno...
ResponderEliminarMas já não convence ninguém, nem mesmo no seu psd