«Um operário ucraniano que trabalha na construção de um hotel na Quinta do lago, no Algarve, manifestou-se nu ontem de manhã na Estrada Nacional 125 por ter seis meses de ordenados em atraso. Acabou detido pela GNR.
"Tenho três filhos na Ucrânia e preciso do dinheiro dos seis meses de trabalho que me devem", declarou à Lusa, Sergiy Fischchenko, 40 anos.
O ucraniano trabalha para a empresa VDV Protrata na construção do Hotel Conrad Algarve Palácio da Quinta, promovido pelo grupo Imocom.
Eram 9h30 quando Sergiy se despiu na Estrada Nacional 125 para chamar a atenção dos condutores e da população em geral para a situação que vive e promete continuar a manifestar-se até lhe pagarem os seis meses de ordenado em atraso. Além deste trabalhador, outros seis operários da mesma empresa afirmam que têm seis meses de ordenados em atraso.
Boris Vandervoordt, um dos proprietários da empresa VDV, admitiu que há sete funcionários com "seis meses de salários em atraso" por "falta de aprovisionamento de pagamento de clientes".
Gilberto Reves, que trabalha há oito anos para a VDV explicou à Lusa que nunca teve problemas com o pagamento de salários, mas desde abril de 2009 que as "coisas começaram a andar para trás" e agora tem seis meses de ordenados em atraso.
Apesar de Sergiy ter sido detido ontem de manhã pela GNR, que assim pôs termo ao seu protesto, ele garante que só vai sair da frente dos escritórios da VDV de "ambulância ou com o dinheiro dos salários na mão". Admite mesmo passar ali a noite em protesto.»
(Noticia: Correio da Manhã)
Quando o desespero é demasiado grande as pessoas tendem a tomar atitudes desesperadas, foi o que sucedeu a este cidadão ucraniano que há seis meses não recebe salário. É preciso verificar se esta empresa está realmente a passar por dificuldades ou se está a aproveitar-se de um momento de crise para explorar os seus trabalhadores. Investigue-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário