O “diagnóstico das autarquias não é cor-de-rosa”, sendo que muitas “sofrem de doenças graves, muitas das quais crónicas, outras mesmo degenerativas, devido à actuação dos seus protagonistas”.
A afirmação é do presidente da Câmara de São Brás de Alportel, António Eusébio, que descarta daquele grupo o seu município, “onde os pagamentos são efectuados em duas semanas, fruto de uma gestão rigorosa e um controle das finanças muito apertado”.
O responsável falava num debate sobre gestão autárquica recentemente organizado pelo PS de Vila Real de Santo António.
“Até quando podemos continuar a dar resposta às necessidades e exigências dos cidadãos e como podemos continuar a manter os níveis de qualidade de vida e bem-estar que alcançámos nos últimos tempos, com um aumento constante das despesas e com a diminuição vertiginosa das receitas?”, deixou no ar António Eusébio.
O debate, que contou também com o presidente da Assembleia Municipal de Olhão, Filipe Ramires e o presidente da Junta de Freguesia da Conceição de Tavira, António Vitorino, entre outros, acabou por concluir, para além de que as autarquias precisam de controlo rigoroso nas contas, que é necessário dotar de mais meios as Assembleias Municipais, de forma a garantir a eficácia no controle das decisões dos executivos, tal como está previsto na legislação.
Jovita Ladeira, líder do PS de VRSA e vereadora na autarquia vilarealense, encerrou o debate vincando a sua “preocupação pela actual situação financeira no município de VRSA”, onde o endividamento “já superou os 111 milhões de euros.
“O estado actual das finanças da câmara de VRSA é tão grave que condiciona toda a acção do actual executivo e dos executivos futuros, deixando-os sem as mínimas condições para cumprirem os compromissos com os eleitores e dar respostas favoráveis aos problemas que afectam as populações”, rematou.
(Noticias: Região Sul)
Já me tenho interrogado porque razão o PS Algarve mantém-se em absoluto silêncio sobre a gestão e o enorme endividamento das câmaras de Silves e de Vila Real de Santo António enquanto o PSD mantém, permanentemente, a gestão do PS nas câmaras de Faro e Portimão debaixo de fogo.
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