«O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Macário Correia, acusou hoje o Governo de faltar ao diálogo por não responder a um pedido de reunião formulado há três semanas sobre a introdução de portagens na Via do Infante.
No início de outubro, dias antes da manifestação nacional contra as portagens, A AMAL pediu uma reunião ao primeiro ministro para tentar convencer o executivo a adiar a introdução de portagens na A22 até à conclusão da requalificação da EN125.
Segundo Macário Correia, até agora não foi agendada qualquer reunião, tendo a entidade que congrega os 16 municípios algarvios apenas recebido cartas a informar que o encontro aconteceria com outros interlocutores.
“Primeiro foi-nos dito que a reunião passaria a ser com o ministro das Obras Públicas, depois já era com o secretário de Estado", afirma o social democrata, manifestando estranheza pela forma "anómala" como está a ser conduzido o processo.
Macário Correia diz-se preocupado com a atitude do Governo e afirma que a mesma não condiz com a postura de cooperação e diálogo que os municípios algarvios têm tido ao longo dos últimos meses.
A AMAL pensa reunir-se antes da data já estipulada - 08 de novembro -, caso a situação evolua de forma desfavorável para o Algarve, já que o Governo admitiu esta semana a possibilidade de portajar a Via do Infante antes de 15 de abril, a data limite para a introdução da portagem.
As portagens deverão ser introduzidas nas quatro estradas Sem Custos para o Utilizador (SCUT) ainda gratuitas - a Via do Infante, autoestrada do Interior Norte, Beira Alta, Litoral e Interior.»
(Noticia: Observatório do Algarve)
Parece que Macário Correia ainda não percebeu que o Governo está a negociar com o seu partido o Orçamento de 2011 e as medidas para garantir a redução do deficit.
Como as portagens na Via do Infante nasceram duma exigência do Presidente do seu partido talvez o melhor fosse colocar uma cunha ao antigo ministro Eduardo Catroga, que representa o PSD nas negociações com o Governo, para excluir as portagens da A22 em troca, quem sabe, do IVA a 23% no leite com chocolate.
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