terça-feira, 19 de outubro de 2010

Novo líder do PSD Algarve quer que Governo cumpra “promessas antigas”

«O novo presidente do PSD/Algarve, Luís Gomes, que tomou posse esta segunda-feira, questionou o governo sobre a execução das “promessas antigas” no Orçamento de Estado para 2011, nomeadamente o Hospital Central do Algarve e a requalificação da EN 125.

“Neste Orçamento de Estado, já não queremos saber das novas promessas, mas sim que sejam concretizadas as antigas”, salientou o responsável, também presidente da câmara de Vila Real de Santo António, durante o discurso da tomada de posse, realizada no Club Farense.

O líder dos social-democratas algarvios afirmou que quer saber se, por exemplo, a construção do Hospital Central do Algarve ou a requalificação da Estrada Nacional 125 estão inscritos no documento. “Estão ou não incluídos e para quando o início das obras?”, perguntou.

Mas Luís Gomes quer também conhecer a “quantidade de projectos de investimento que estão parados nos corredores da administração desconcentrada da região”, como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e a Administração Regional Hidrográfica, entre outras entidades.

“Qual o montante que representam esses projectos em termos de investimento e quantos postos de trabalho estão por criar”, questionou, prometendo que o PSD/Algarve vai analisar o problema “caso a caso, concelho a concelho”, falando com o tecido económico.

O presidente do PSD regional reconheceu que a decisão sobre a aprovação do orçamento “não é fácil de tomar”. “Qualquer que ela seja, todos no partido estaremos solidários com o seu líder”, defendeu.

Luís Gomes considerou a situação do país “preocupante”, devido “às faltas de verdade” do governo em relação à política orçamental, e enumerou as “repercussões” relativas à região algarvia.

“São mais de 30 mil desempregados, uma taxa de desemprego superior a 13 por cento e mais de 13.500 beneficiários do Rendimento Social de Inserção”, disse, acrescentando: “Números que provam bem a situação difícil que a região atravessa”.

Por isso, sublinhou, “é preciso uma voz credível na região”. Uma voz “que terá de ser a do PSD/Algarve, afirmando acreditar na região e nas suas potencialidades”.

Mas também uma voz que, “olhos nos olhos”, diga mais: “Uma voz que diga que mais do que prometer, é preciso dizer que é necessário um novo modelo e um novo paradigma político e de responsabilidade para o Algarve”, acentuou.

O autarca vila-realense terá como vice-presidentes, no PSD/Algarve, David Santos e José Inácio Marques, líder da câmara de Lagoa. Desidério Silva, presidente da câmara de Albufeira, lidera a assembleia distrital e Ofélia Ramos o conselho de Jurisdição distrital.

O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, considerou “de grande insensibilidade social” o Orçamento de Estado apresentado pelo governo e questionou: “Como querem que o PSD viabilize um orçamento desta insensibilidade”.

“Este governo já é passado, não tem condições para governar e já não faz parte do futuro”, acrescentou o dirigente partidário, no seu discurso.

“O primeiro-ministro foi eleito duas vezes com promessas que não soube cumprir. Ele é a chave do problema”, rematou, sem indicar explicitamente o sentido de voto do partido na votação do Orçamento.»
(Noticia: Região Sul)

O novo Presidente do PSD Algarve não resistiu à demagogia logo na sua tomada de posse o que não augura nada de bom, principalmente, para quem diz que é preciso falar verdade.

O Hospital Central do Algarve ou a Requalificação da EN125 não carecem de constar nominalmente no Orçamento do Estado de 2011 porque, simplesmente, não precisam de vir inscritas formalmente, da mesma forma que também não vêm contabilizadas de forma nominal as obras de vários milhões de euros que o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social tem em curso em vários concelhos do Algarve em creches, jardins-de-infância, lares de idosos, centros de dia e estabelecimentos para pessoas com deficiência, para dar apenas mais um exemplo.

Existem muitos investimentos e obras que são feitas com recurso a investimentos do Governo no Algarve que não constam de nenhum PIDDAC ou que não vêm descritas nominalmente, razão porque não se pode medir o investimento do Poder Central nas regiões apenas com recurso ao PIDDAC.

1 comentário:

  1. O Sr.Presidente do PSD Algarve,é ou não
    preocupante actual situação financeira no município de VRSA”, onde o endividamento já superou os 111 milhões de euros ?
    E o senhor não diz nada ?
    Quem é o responsável ?
    O estado actual das finanças da câmara de VRSA é tão grave que condiciona toda a acção do actual executivo e dos executivos futuros, deixando-os sem as mínimas condições para cumprirem os compromissos com os eleitores e dar respostas favoráveis aos problemas que afectam as populações do seu concelho.
    Cheta

    ResponderEliminar