terça-feira, 12 de outubro de 2010

Faro: Risco de morte para palmeiras

«O ataque do escaravelho-encarnado levou a Câmara de Faro (CMF) a cortar várias palmeiras na última semana. Entre elas, árvores na avenida 5 de Outubro, no centro da cidade, e duas centenárias, à saída de Faro na direcção de Olhão. Há mais de um ano que a praga está a afectar palmeiras, mas a autarquia não assume que esteja fora de controlo.

"Estamos a combater a situação", garante a CMF, acrescentando, no entanto, que "o tratamento não é 100 % eficaz". Além disso, diz a autarquia, "os produtos químicos são extremamente onerosos, o que implica um esforço financeiro significativo". E há ainda o problema das palmeiras em terrenos privados. "Se essas não forem tratadas, é complicado, pois o escaravelho-encarnado tem uma autonomia de voo de 4 a 5 quilómetros e passa de palmeira para palmeira", explica ainda a CMF.

Quando uma árvore é atacada, cada fêmea do escaravelho coloca 300 a 400 ovos (três a quatro vezes por ano). As larvas vão-se alimentando no interior do tronco e a palmeira vai secando gradualmente até morrer.

A praga está por quase todo o Algarve. Em 2009, a Direcção Regional de Agricultura tinha identificado casos em Albufeira, Lagoa, Lagos, Loulé, Portimão, Silves, Tavira e Faro. Na capital da região, já tinham sido cortadas palmeiras centenárias no jardim Manuel Bívar.»
(Noticia: Correio da Manhã)

A praga do escaravelho-encarnado tem deixado a nossa cidade mais pobre com a morte de várias palmeiras algumas das quais autênticos monumentos.

Sem querer acusar a Câmara e a FAGAR de não estarem a fazer tudo o que está ao seu alcance para evitar esta triste mortandade, a verdade é que outros concelhos, com palmeiras também em terrenos privados, têm conseguido estancar os efeitos do escaravelho-vermelho.

Lagos, por exemplo, cuja avenida está carregada de palmeiras, tem conseguido salvar este seu património. É claro que, como em agosto aqui explicava o presidente da Câmara de Lagos, a receita - aquisição e aplicação de fitofármacos - tem custos elevados (105 mil euros), mas baixar as mãos e ficar a assistir à morte de tantas e tantas palmeiras acarreta também um custo para as cidades e para as suas câmaras que não é nada barato.

É que não é apenas com "hortas urbanas" que contribuimos para a sustentabilidade do planeta. Salvar as nossas palmeiras, muitas delas centenárias, cuja presença faz ou fazia parte do espaço fisico e patrimonial das nossas praças e ruas é também um bom exemplo de pegada ecológica.

2 comentários:

  1. É uma vergonha o que se está a passar em Faro,com as palmeiras.
    Nada tem sido feito para as salvar,o que é mais preocupante,é que não se deslumbra qualquer vontade por parte da Câmara de Faro,como meia dúzia de particulares, não fazem o respectivo tratamento para as salvar a Câmara de Faro segue o mesmo caminho. A solução é abater.
    Se não tem dinheiro recorrem à Direcção Regional da Agricultura e vejam o que podem fazer para salvar as poucas palmeiras ainda existentes.
    O que me parece é que actual executivo não vive a cidade com amor e intensidade de verdadeiros Farenses.
    Cheta

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  2. Então as palmeiras não se tratam e criam-se hortas ecológicas??? A salvação das palmeiras, tão antigas na cidade, não é ecologia?
    A política é sempre a mesma. O que existe e está em Faro não presta, só vale o que sai da cabeça iluminada do cacique.
    Já agora, importe as palmeiras do jardim de Tavira...devem ser mais giras que as de Faro...
    veja lá é se a qualidade das ditas, depois deixa muito a desejar. Que anedotas!!!

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