«O cordão dunar pode romper na zona do parque de estacionamento à entrada da ilha de Faro. Só ainda não aconteceu graças às reposições de areia que ali têm sido feitas para travar o curso normal da Natureza.
A convicção é de um especialista em dinâmica e gestão costeira da Universidade do Algarve para quem a destruição da ilha "é um perigo iminente". Segundo Óscar Ferreira, toda aquela zona "é frágil e de risco" agravado pelas construções que ocupam quase toda a área útil. "Todos os Invernos o cenário é o mesmo. Basta haver uma maré-viva com uma tempestade associada para que a água galgue as margens e as casas nas extremidades da ilha corram risco de ruir", acrescenta.
Foi o que aconteceu no último fim-de-semana. Ondas de cinco metros e fortes rajadas de vento arrastaram água e areia até à estrada e deixaram a ilha intransitável. Os moradores passaram noites ao relento com medo que as casas caíssem e apelaram ao prometido realojamento.
Anteontem, face ao que chamou de "alarme social gerado", o presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, convocou uma conferência de imprensa improvisada na ilha para garantir que "haverá alojamento disponível, em caso de necessidade", mas a solução definitiva ainda não tem data marcada.
A acompanhá-lo, a responsável do Polis, Valentina Calixto, colocou o dedo na ferida ao dizer que "pode acontecer o mesmo em ilha que na ilha da Fuzeta" onde todas as casas foram destruídas pelo rebentamento do cordão dunar.»
(Noticia: Jornal de Noticias / Fotografia: Flickr - Luis Costa)
A Ilha de Faro tem uma realidade sociológica e idêntidade próprias, residentes permanentes, uma comunidade piscatória, uma escola primária, uma história de vida e de vivências mas, em época de marés vivas, as noticias consecutivas, as declarações de inevitabilidade, os alertas de perigo eminente, as conferências de imprensa, a divulgação parcial das intenções da Sociedade Polis vão transformando a Ilha de Faro numa espécie de Ilha da Fuseta, já quase que é só uma praia de veraneio, sem pessoas.
Politiquices da treta... Se de facto a cena romper não vai ser onde existem casas e muito menos onde existem uma duzia de casas de pescadores na zona nascente, onde em 50 anos que conheço nunca passou agua nenhuma...desculpas da treta para expulsar meia duzia de pescadores de baixa formação académica que não souberam por no papel os seus legitimos direitos. Os senhores, e senhoras, da politica engoliram-nos... e agora fazem conferencia á minima "onda". Porque não a "solução zero"? Não "mexem" nos "senhores" que tem os "palacetes" de tres andares á beira mar...essas habitações não prejudicam nada... Vão dar banho ao cão, pá.
ResponderEliminarSr. Presidente: Mande limpar a areia que se acumulou na estrada. As ondinhas vem todos os anos, quem cá vive há decadas não tem medo nenhum e merece tanto a ajuda da camara num caso detemporal com qualquer outro cidadão em qualquer outro lugar do concelho. Esse guardanapo da lhe serve como serviu na Fuseta, deixe-se disso, que só lhe fica mal, e ajude a malta cá do burgo que bem precisa.Cá o espero.
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