“A localização apresentada pela coligação liderada pelo PSD é num terreno com escavações arqueológicas, iniciadas em 1995 pela arqueóloga Teresa Júdice Gamito, onde foi descoberto um “bairro” que tem volumetrias de casas e ruas, construções que vão desde o período Islâmico até ao Século XVIII. Estes achados estão à vista", considera João Marques, presidente da concelhia socialista e também vereador da autarquia de Faro.
Em comunicado o PS/Faro reage e argumenta que “para realizar-se o projecto da ‘Horta Urbana’ é necessário tapar os achados com telas e isolamentos especiais e repor terras, com custos elevados.
Para os socialistas da capital algarvia “tapar novamente o que tem sido explorado durante anos não tem qualquer sentido, ou bom senso”, lembrando a propósito que "o município realizou em 2009 o registo geográfico das existências arqueológicas, com a autorização e aprovação do do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR)”.
O Partido Socialista considera por isso “absurda a ideia de criar neste espaço uma horta, pelo seu valor cultural e localização. A melhor medida seria tornar este espaço visitável e encontrar uma solução para o projecto da Horta em solos agrícolas, nomeadamente no Patacão, onde a Câmara detém terrenos, até pela sua dimensão”.
Manifestando-se contra esta decisão o PS pede “bom senso na preservação do património cultural de Faro.
(Noticia: Observatório do Algarve)
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