«A Comissão de Utentes da Via do Infante fez um balanço “bastante positivo” da acção de protesto de sexta-feira contra a introdução de portagens na A22 e admitiu convocar “acções mais radicais” no futuro.
“Foram muitas as viaturas, incluindo alguns camiões e motos, que se incorporaram na marcha lenta na Estrada Nacional 125, entre as localidade de Boliqueime e Alcantarilha, levando cerca de duas horas a percorrer uma distância de 20 quilómetros”, refere a comissão, em comunicado.
“Houve dificuldades na mobilização da população. Por causa da chuva, do pouco tempo de preparação por sermos uma associação recente, da tentativa de responsáveis políticos desmobilizarem a acção”, enumerou o líder do movimento, João Vasconcelos, em declarações ao Região Sul.
Mesmo assim, considerou, “muitos automobilistas e muitos utentes aderiram ao protesto, congestionando o trânsito e antevendo o que irá acontecer quando as portagens avançarem”.
“Vamos retomar contactos com associações e partidos. E continuar com a petição, que em oito dias reuniu oito mil subscritores. Quem estiver contra as portagens – independentemente da requalificação da
EN 125 –, junte-se a nós”, apelou Vasconcelos.
Em comunicado, a comissão admite mesmo que “não põe de lado a convocação de acções mais radicais contra a decisão governamental de introduzir portagens na Via do Infante”.»
(Noticia: Região Sul)
O pior cego é aquele que não quer ver.
O Bloco de Esquerda ao querer controlar e capitalizar para si a legitima insatisfação dos algarvios perante a cobrança de portagens na Via do Infante acabou por matar um possivel movimento de genuina contestação popular.
Perante a manifesta falta de adesão dos algarvios ameaça com “acções mais radicais” na senda da velha máxima “lutar e fracassar, voltar a lutar para voltar a fracassar, e assim até a vitória final”.
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