O NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve firma posição contra a introdução de portagens na Via do Infante, mas critica o “emergir de cálculos partidários”.
Vítor Neto critica a “inexistência de um verdadeiro espírito regional e o emergir de manifestações de pequenos interesses corporativos de grupo, de cálculos partidários ou de protagonismos políticos pessoais, que pouco têm a ver com os interesses reais da região”, perante o anúncio de introdução de portagens na Via do Infante.
“É preciso isolar a demagogia. Os empresários pensam pela sua cabeça e não se deixam instrumentalizar”, afirma o presidente do Nera que salienta “o fraco peso político de uma região”, perante o poder central que “decide sem ouvir o Algarve”.
“A introdução de portagens iria criar obstáculos e incómodos à mobilidade dos turistas e diminuir a competitividade do turismo perante a concorrência”, argumenta o empresário e reprova a deliberação que diz não estar “fundamentada em critérios técnicos e económicos válidos”, o que leva à conclusão de que tratou “de uma decisão meramente política”.
Vítor Neto acredita, todavia, que ainda é possível travar a introdução de portagens na Via do Infante em Abril de 2011 e lembra as formas de luta assumidas pelas associações empresariais algarvias em 2004, quando a mesma hipótese esteve em cima da mesa.
“As manobras políticas a que assistimos não nos iludem para o futuro, mas gostaríamos de alertar os colegas empresários que a actual conjuntura económica, financeira e política do país pode criar novas oportunidades para travar a introdução das portagens na Via do Infante. Importa estar preparados e actuar com inteligência”, conclui.
(Noticia: Observatório do Algarve)
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