sábado, 2 de outubro de 2010

SCUT:Autarcas do Algarve decidem segunda se aderem a protesto

«A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), constituída pelos 16 presidentes de Câmara do Algarve, decide segunda-feira se vai apoiar o protesto da Comissão de Utentes da Via Infante contra as portagens.

Em declarações à Lusa, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Macário Correia, afirmou que só na próxima segunda-feira, depois de reunir com os autarcas da região é que aquele organismo se iria pronunciar sobre esta questão.

O líder do PSD/Algarve, Mendes Bota, disse à Lusa, por seu turno, que vai "aguardar a posição da AMAL segunda-feira" antes de "se pronunciar sobre os protestos contra as portagens”, questionando "onde estão as forças vivas que há seis anos, em novembro de 2004, participaram no movimento contra as portagens no Algarve”.

Por seu turno, o líder do PS/Algarve, Miguel Freitas, e deputado no Parlamento, entrevistado pela Lusa, afirmou que a Comissão de Utentes da Via Infante é uma "instrumentalização da oposição" e que, por isso, "não vai aderir à manifestação convocada" para dia 08 de outubro.

Já o presidente da AHETA, a principal associação hoteleira do Algarve, Elidérico Viegas, disse à Lusa que aquela estrutura não foi formalmente contactada pela Comissão de Utentes da Via Infante, que classifica como um movimento partidarizado" e prefere esperar pelas "conversações em marcha", nomeadamente da AMAL, antes de assumir qualquer atitude.»

A AMAL é um organismo morto. Politicamente e socialmente.

Já nem consigo recordar qual foi a última posição sustentada ou o último documento técnico sobre o Algarve produzido pela AMAL. Ainda recentemente tivemos a elaboração do novo PROTAL – Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve, e a AMAL não foi capaz de produzir um documento que expressasse a visão dos 16 autarcas algarvios sobre o futuro da sua região.

Não fosse ter a gestão de alguns fundos comunitários e nem dinheiro tinha para pagar os vencimentos dos seus funcionários.

A AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve – não existe.

No seu lugar, quanto muito, temos hoje, um “clube de presidentes de câmara”, que utilizam aquele organismo para vincular posições que não têm coragem de tomar sozinhos, como a última recomendação, votada por unanimidade, de colocar no valor máximo todas as taxas e impostos municipais.

Aposte-se que os nossos presidentes de câmara vão pronunciar-se contra as portagens, vão criticar o Governo por reduzir as transferências do Estado para os municípios, por reduzir os investimentos no PIDDAC – Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central e tudo o mais que possa afectar a gestão dos seus quintais.

Cada município pode aumentar as suas taxas e os impostos sobre as empresas e os cidadãos de forma a arrecadar o máximo de receitas possivel, pode tarifar estacionamento, cobrar entradas nas piscinas, nos ginásios, cortar nos subsidios dos clubes, colectividades e instituições sociais, mas o Governo, esse “bando de malandros”, não lhes pode tocar no bolso.

Sim, as portagens na Via do Infante são uma injustiça que vai afectar a economia regional. Mas reconhecer isto é também reconhecer que as portagens na A22 nasceram da imposição negocial do PSD – ou há portagens em todas as SCUT (Algarve incluído) ou não há em nenhuma, disse Pedro Passos Coelho – e que as isenções e descontos aprovados pelo Governo para o Algarve são maiores do que aquelas que foram introduzidos noutras regiões e que Portugal atravessa um dos mais díficeis momentos económico-financeiros de que há memória.

2 comentários:

  1. Só quem não vê televisão é que pode sair para a rua em protesto contra as portagens. O país bateu no fundo. Acabaram-se as borlas não só nas estradas mas em tudo.

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  2. Contra as portagens eu buzino!!

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