«O protesto desta sexta-feira contra as portagens na Via Infante (A22), Algarve, condicionou apenas durante alguns minutos o trânsito naquela estrada, onde cerca de 20 automóveis participaram na marcha lenta.
A Comissão de Utentes da Via Infante participou no protesto nacional contra as portagens nas SCUT e deslocou-se para a Via Infante com cerca de 20 viaturas e cartazes onde se podia ler "Via do Infante não é uma SCUT, Governo aldrabão", "Algarve não paga portagens na A22, a EN-125 não é alternativa" ou "Portagens na A22, não obrigada".
O protesto no Algarve ficou marcado pela chuva e vento e pelos poucos automobilistas aderentes à marcha lenta e buzinão.
Questionado pelos jornalistas sobre a fraca adesão dos algarvios ao buzinão e à marcha lenta contra as portagens na A22, João Vasconcelos, um dos elementos da Comissão de Utentes da Via Infante, refutou essa ideia, referindo que o protesto apenas "estava no início" e que sofreu várias contrariedades, nomeadamente o curto espaço de tempo para organizar o protesto.
"Ainda estamos a começar, a ideia era arrancar às 18h00, mas tivemos dificuldades em mobilizar a população devido a termos tido apenas oito dias para organizar a manifestação", argumentou, referindo que a fraca adesão também se explica porque os vários quadrantes políticos da região "tentaram partidarizar o movimento.»
(Noticia: Correio da Manhã)
Estava visto que o buzinão não passaria de um assobio.
O Bloco de Esquerda tentou capitalizar para si o justo descontentamento dos algarvios sobre a decisão de colocar portagens na Via do Infante e, à boa maneira maoista, fabricou uma pseudo comissão de utentes colocando um dos seus dirigentes máximos, João Vasconcelos (ex. dirigente da UDP), à frente do movimento de contestação.
É claro que toda a gente percebeu o truque, o protesto passou ao lado dos algarvios e o BE ficou sozinho na estrada.
Mais assobios à arbitragem consegue juntar um jogo Culatrense x Salgados do que aqueles que o Bloco de Esquerda conseguiu mobilizar contra as portagens.
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