quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desafio para tocar hino em uníssono dá novo alento à Filarmónica de Faro a passar por dificuldades financeiras

«O desafio para tocar o hino nacional em uníssono, a 5 de outubro, está a dar um novo alento à Filarmónica de Faro, coletivo que tem visto músicos escapar para outras bandas devido à instabilidade financeira que enfrenta.

A presidente da Filarmónica de Faro, Ana Maria André, contou à Lusa como o convite para as comemorações do centenário da República está a ser importante para os motivar, já que o futuro da banda é tudo menos certo.

“Temos músicos que acham que isto não tem pernas para andar", diz, sublinhando que alguns se mudaram para outras filarmónicas onde se sentem "mais confiantes" por gozarem de maior estabilidade financeira.

Para Ana Maria, estas oportunidades dão-lhes alento para pensar que pode ser desta que vão ficar "mais conhecidos" e que passem a ser mais solicitados, já que o funcionamento da Filarmónica tem dependido da "boa vontade" dos professores.

“Muitos deles chegam a ter ordenados em atraso durante dois meses", diz a presidente da associação que gere a banda, onde tocam menos de 30 músicos, e uma escola de música, que conta com cerca de 60 alunos.

Outro dos problemas que enfrentam todos os meses é o pagamento da renda, uma vez que não têm sede própria, mas a Câmara de Faro, apesar de ter renovado o protocolo, tem dado "mais apoio moral do que material”.

“Neste momento a Câmara deve-nos alguns milhares de euros", revela Ana Maria André, cujas reivindicações por uma sede própria - estão há dez anos em instalações provisórias, parecem por enquanto não ter resultados.

São as aulas da escola de música da associação que também lhe vão permitindo alguma autonomia financeira, mas todos os meses a luta recomeça.»
(Noticia: Lusa / Observatório do Algarve)

Depois do Cineclube é agora a vez da Filarmónica de Faro expressar a falta de apoio por parte da Câmara Municipal expondo, publicamente, as suas dificuldades financeiras.  Aos poucos vai-se percebendo que os problemas na cultura não se resolvem com regulamentos, comissões e palmadinhas nas costas.

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