Raymond Patrick Grant, o inglês fugido à Justiça cujo corpo carbonizado foi encontrado num carro, igualmente consumido pelas chamas, junto a Santa Bárbara de Nexe, em Faro, na madrugada de terça-feira, era um homem cheio de mistérios. Estava desaparecido desde 1998 e nunca revelou onde estava o dinheiro de um esquema em pirâmide com o nome ‘Inner Sanctum’, por ele organizado.
Em Maio desse ano, Grant já não compareceu à leitura da sentença que o condenou a 15 meses de prisão num tribunal londrino. A pena foi-lhe aplicada à revelia. Nessa altura, a imprensa britânica tinha dado a Raymond a alcunha de ‘Mr. Big’, por alegadamente ser o homem por detrás de um novo esquema de pirâmide, entretanto criado, através da internet, pela empresa Big International.
"Ele terá estado na Arábia Saudita, Suíça e Estados Unidos", disse ao Correio da Manhã Tony Hetherington, um dos jornalistas ingleses que seguiram o caso com mais proximidade.
Após o Departamento britânico de Comércio e Indústria ter conseguido proibir as actividades da Big International, que prometia lucros fáceis através de apostas em lotarias de todo o Mundo, a empresa (e Grant) diz-se perseguida pelo sistema financeiro mundial. Sistema que a Big alega combater com as "oportunidades de negócio" que proporcionava.
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