Os turistas espanhóis ameaçam destronar os britânicos do topo da lista de nacionalidades que mais procuram o Algarve, mas o Reino Unido continua a liderar a tabela em número de dormidas, disseram à Lusa agentes do setor.
Em tempo de crise a tendência é para optar por destinos mais próximos e este verão foram justamente os espanhóis e os portugueses que ajudaram a "salvar" o turismo algarvio, engrossando as taxas de ocupação. As praias, a gastronomia e o comércio são fatores de atração para os vizinhos espanhóis, cujas dormidas durante o mês de agosto em hotéis algarvios aumentaram 28 por cento face ao ano passado.
O tempo médio de estadia é, contudo, relativamente curto e, apesar do aumento em número de dormidas, o mercado britânico continua a ser o que mais contribui para o volume total, explica Elidérico Viegas,líder da AHETA, a maior associação hoteleira da região.
O perfil do turista espanhol que chega à capital do Algarve é independente, pois prefere fazer visitas ao centro histórico sem guia turístico, são de meia idade, gastam pouco dinheiro e passam poucos dias em Portugal, ou por vezes só algumas horas, conta a funcionário do Posto de Turismo de Faro, Fernanda Lobão.
A empresa “Lads – Turismo de Natureza” também confirmou que o mercado espanhol está a emergir e a igualar os mercados britânicos e do Norte da Europa.
Segundo Bárbara Abelho, da Lands, os espanhóis interessados em turismo de natureza estão a ser “cada vez mais” e enquanto no início, a empresa registava mais interessados oriundos do mercado britânico, atualmente os números vão sedo igualados com turistas espanhóis.
Na opinião da empresária de turismo da natureza, o perfil dos espanhóis que procura a Lands tem idades “superiores a 35 anos”, têm “algum poder económico” e gostam de “combinar o turismo de natureza com a gastronomia e a parte cultural das cidades”.
(Noticia Agência Lusa / Região Sul)
É indiscutivel que, apesar da crise em Espanha e em particular na Andaluzia, o número de turistas espanhois tem aumentado significativamente no Algarve e em todos os concelhos, mesmo os mais distantes da fronteira.
Aliás, os municípios do Barlavento notam um aumento do número de visitantes espanhois desde a conclusão da Via do Infante e, por isso, muitos se interrogam sobre as consequências das portagens na Via do Infante sobre o fluxo de visitantes vindos do outro lado da fronteira na esmagadora maioria de automóvel.
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