O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal acusou o IAPMEI de poder vir a ser o responsável pelo encerramento definitivo do grupo Alicoop. Sindicato, trabalhadores e administração fazem reunião de emergência.
A Alicoop, a maior cadeia de supermercados do Algarve, e que detém as empresas Alisuper, Macral e Geneco, encontrava-se em processo de insolvência desde agosto de 2009, mas graças a um plano de viabilização, proposto pelos credores, e aprovado pelo Tribunal de Silves em agosto, estava a reabrir de novo as lojas.
Ontem todavia, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), encarregue de entregar um financiamento para a recuperação da Alicoop, que tem sido protelado por burocracias desde agosto, enviou uma carta àquela empresa” a exigir burocracias impossíveis de concretizar, declarou à Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
“O IAPMEI ficou de fazer um financiamento para a recuperação da Alicoop e hoje, chegou por carta, um conjunto de exigências burocráticas que são impossíveis de concretizar em tempo útil para garantira viabilização do projeto", alertou Manuel Guerreiro.
O presidente do CESP, trabalhadores e Conselho de Administração da Terra Exclusiva, empresa que ia substituir a Alicoop até novembro na gestão da maior cadeia de supermercados do Algarve, vão reunir de urgência esta noite, às 23h00, na sede da Alicoop, em Silves, para analisar a situação.
"Vamos hoje tomar uma decisão e o encerramento definitivo da empresa está em cima da mesa, porque sem o financiamento prometido pelo IAPMEI não é possível manter o projeto", acrescentou Manuel Guerreiro.
O plano de viabilização da Alicoop, proposto pelos credores, foi aprovado pelo Tribunal de Silves que deu provimento à proposta e despachou para homologação a 16 de julho.
A 13 de agosto, o supermercado Alisuper da Quinta do Lago foi o primeiro a reabrir ao público e até julho de 2011 estimava-se que reabrissem as cerca de 80 lojas da empresa Alicoop onde seriam integrados os 395 funcionários, garantiu, na altura, o presidente do Conselho de Administração da Terra Exclusiva, Carlos Tuta.
O grupo Alicoop encontrava-se em processo de insolvência desde agosto de 2009, com uma dívida de cerca de 80 milhões de euros, tendo encerrado a sua cadeia de supermercados no início de maio deste ano, para não agravar o passivo.
Para evitar o processo de falência, a administração da Alicoop encomendou à consultora Deloitte um estudo de viabilidade, documento aprovado pelo Millenium BCP, mas rejeitado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e pelo BPN, três dos maiores credores.
(Notícia: Observatório do Algarve)
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