sábado, 27 de novembro de 2010

Portagens: Marcha lenta faz fila de vários quilómetros em Faro

Devagar, devagarinho, a 10km, duas carrinhas em ambas as faixas da EN 125, do Patacão a Faro. Atrás, veículos da comissão de utentes da Via do Infante... e os outros que não passavam."Marcha da indignação" contou com trânsito em hora de ponta na capital algarvia.

A intitulada "marcha da indignação" organizada hoje pela comissão de utentes da Via do Infante contra a introdução de portagens, provocou constrangimentos no trânsito no principal acesso a Faro e dentro da cidade.

Foi necessário cerca de uma hora para fazer os poucos quilómetros entre o Patacão e as Pontes de Marchil, à entrada da cidade.

As cerca de 20 viaturas de elementos da comissão e de outros manifestantes, com duas carrinhas a par a encabeçar o protesto, partiram em marcha lenta em direção a Faro e com destino à rotunda do hospital, criando uma fila de vários quilómetros.

Com cartazes com slogans "portajar a via do infante é dar mobilidade ao acidente" ou "o Algarve não paga portagens na A22", a comissão de utentes quis marcar posição pela segunda vez depois de há cerca de um mês ter feito um protesto idêntico mas na zona de Boliqueime.
 
"A nossa ideia é que as portagens vão empurrar toda a gente para a Estrada Nacional 125 (EN125) que sabemos como está e mesmo requalificada não é uma alternativa", afirmou Hélder Raimundo, membro da comissão de utentes.

João Vasconcelos, um dos mentores da comissão de utentes, diz que o protesto serve para mostrar que "os algarvios não vão ficar de mãos paradas a permitir a introdução de portagens.

"O Algarve atravessa grandes dificuldades e ainda vai ficar mais em crise com as famílias e as empresas em mais dificuldade devido à introdução de portagens na vida do infante", afirmou Vasconcelos.

Petição com 10 mil assinaturas

O membro da comissão de utentes frisou que a petição on-line de protesto contra as portagens "já alcançou as 10 mil assinaturas" às quais se juntam "muitas mais em papel".

"Esta é uma causa justa para a sociedade algarvia. Os algarvios tem de ser ouvidos, e os políticos têm de cumprir as promessas, o PS colocou no programa do governo que não haveria portagens na via do infante", criticou João Vasconcelos.

"Apelo a todos os algarvios para que adiram aos protestos contra a introdução de portagens, reiterou João Vasconcelos, acrescentando que "a comissão de utentes debate-se com dificuldades de apoios para organizar e promover os protestos" e que "caso tivesse o apoio do PS, PSD e da comunidade intermunicipal do Algarve (AMAL) os protestos teriam mais visibilidade e impacto".

"A comissão está aberta a todas as correntes e forças políticas. Esperamos que a AMAL e o seu presidente, Macário Correia, nos deem também o seu apoio porque esta á uma luta comum a todos os algarvios", rematou João Vasconcelos.

A Comissão de utentes da Via Infante foi criada em setembro com um grupo de cidadãos do Algarve para lutar contra a introdução de portagens até 15 de abril.»
(Noticia: Observatório do Algarve)
 
Saida de Faro, fim de tarde de sexta feira, com chuva, nem sequer era necessário colocar dois carros em marcha lenta para criar uma longa fila de trânsito.

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