sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Groundforce: Manuel Alegre "chocado" com despedimento dos trabalhadores do aeroporto de Faro

O candidato à presidência da República Manuel Alegre afirmou-se ontem “chocado” com o despedimento dos trabalhadores da Groundforce do aeroporto de Faro, considerando que “no Portugal de Abril não pode haver tanto desrespeito pelas pessoas”.

Manuel Alegre fez estas declarações numa curta declaração aos jornalistas, à entrada para uma reunião com representantes dos trabalhadores da empresa de “handling”, que se realizou na sua sede de candidatura, em Faro, depois de já ter também visitado o Laboratório Regional de Saúde Pública Laura Aires e o Hospital Distrital de Faro.

“Estou aqui para me reunir com os trabalhadores da Groundforce, que como sabem, perderam os postos de trabalho. São 336 trabalhadores, muitos deles com 15 anos de casa, alguns com 20, mas não são só 336 pessoas, são famílias, são filhos, que perderam os seus postos de trabalho em condições que considero de uma grande insensibilidade social e que chocaram o país, e a mim particularmente”, afirmou Alegre.

O candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda disse ainda que “no Portugal democrático, no Portugal de Abril, e numa situação de crise como a que se vive, não pode haver um tão grande desrespeito pelas pessoas e pelas famílias”.

"Eles (trabalhadores) não querem que a situação seja irreversível e tentaram negociar antes disto acontecer, e estão a negociar, para preservar os postos de trabalho, admitindo a reestruturação da escala, mas aproveitando o know-how das pessoas, com a consciências de que se estas pessoas forem para o subsídio de desemprego acabará por custar mais dinheiro num ano ao Estado do que manterem os postos de trabalho", afirmou Alegre após o encontro.

O candidato disse que "tratando-se de uma empresa pública, de responsabilidade do Estado, e sendo nós uma democracia em que há o Estado Social, tem que haver sensibilidade e penso que este processo, apesar de não ter poder para isso e ter apenas o poder da palavra de exprimir a opinião e condicionar que pode tomar decisões, mas não devia ser irreversível".

"É sobretudo um problema social, um problema de pessoas, mas com leituras políticas. É uma empresa pública e há uma responsabilidade do Estado e do Governo. Espero que haja sensibilidade social para que esta situação não seja irreversível", acrescentou.
(Notícia: Região Sul)

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