«O comércio algarvio deverá registar quebras de mais de 10% nas vendas de Natal neste ano, devido à crise, segundo uma estimativa do presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL).
Além da falta de dinheiro dos clientes, João Rosado diz que a decisão das autarquias de reduzir ou mesmo suspender os gastos com a iluminação de Natal – Portimão foi uma das poucas câmaras algarvias a manter um investimento semelhante ao do ano passado – também terá um efeito negativo, dado que "as artérias comerciais ficam menos atractivas para o público".
Neste período, muitas lojas irão manter-se abertas aos sábados, domingos e feriados, enquanto o encerramento nos dias de semana será efectuado mais tarde, entre as 20h00 e as 21h00.
Além de várias iniciativas de animação, a ACRAL promoverá uma feira de retalhos no próximo mês, em Portimão, e no primeiro fim-de-semana de Janeiro, em Faro (para escoar produtos que não forem vendidos no Natal).
João Rosado realça que esta época funciona como um "balão de oxigénio para muitas lojas", representando "cerca de 40% do total de facturação do ano inteiro".»
(Noticia: Correio da Manhã)
A situação do comércio tradicional avizinha-se muito difícil. Aliás, um pouco por todas as cidades damos, de mês para mês, conta do encerramento de lojas e estabelecimentos comerciais e questionamo-nos, com apreensão, sobre o número de falências que surgirão depois do Natal.
Não sei se a redução no investimento em torno da iluminação de Natal terá uma responsabilidade directa na quebra das vendas, mas claro que não ajuda a atrair mais pessoas para o centro das cidades.
Já não tenho dúvidas é quanto à má opção que constituiu a decisão da Câmara de Faro em levar para junto do Fórum Algarve a realização de uma feira que só contribui para aumentar, ainda mais, o poder de atractibilidade em torno daquela grande superfície comercial em prejuizo do centro de Faro e do comércio tradicional.
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