O despedimento dos 336 trabalhadores da operação da Groundforce no aeroporto de Faro foi um “crime premeditado”, acusou hoje a comissão coordenadora distrital do Bloco de Esquerda.
“A forma como tal ocorreu é um acontecimento inédito nesta região. A crueldade e o cinismo do procedimento da administração da empresa indignou os cidadãos”, referem os bloquistas, em comunicados.
Para o Bloco, os “lamentos” dos directores da empresa e do governo são “insultos de gente sem escrúpulos”. “É tal a sua arrogância e despudor que afirmam que está a ser feito o que tinha de ser feito para evitar ainda males maiores para os restantes trabalhadores da empresa”, afirma-se.
“A verdade é que este despedimento estava de há muito programado. E resulta de um conluio entre a TAP e o próprio governo”, sublinha o BE/Algarve, que recorda a existência da Portway, empresa de «handling» concorrente mas também detida pelo Estado.
Os bloquistas frisam que o governo pretende “também o fim da Groundforce”, processo “em que o encerramento de Faro é apenas o primeiro passo”. “O pano de fundo é a intenção já antiga e que o actual governo insiste em concretizar – a privatização da TAP”, acrescenta-se.
Prestando “solidariedade” aos trabalhadores, a estrutura distrital BE reafirmou o apoio “a todas as acções e propostas dos trabalhadores para reverter a situação”.
(Noticia: Região Sul)
Sem comentários:
Enviar um comentário