terça-feira, 23 de novembro de 2010

Preço da água desce para 40% dos consumidores em Faro

«A revisão dos tarifários para 2011, que a empresa municipal Fagar está a levar a cabo, vai fazer com que 40% dos consumidores de água passem a pagar menos no próximo ano, anunciou a Câmara de Faro.

A autarquia, titular da maioria do capital social desta empresa municipal, revela que “participou ativamente na definição das alterações que os preços irão sofrer“.

“Maior equidade e particular atenção às condições dos mais carenciados foram os parâmetros que nortearam as decisões tomadas“, informa ainda a Câmara.

É que a autarquia farense considera que, “em face da grave conjuntura económica-social, impunha-se que esta empresa municipal readequasse o seu preçário, de molde a desonerar as faturas de consumo de água dos titulares de rendimentos médios e baixos. Esta é uma responsabilidade social que não declinamos“.

Esses consumidores perfazem 40% do total e, garante a Câmara de Faro, vão “todos pagar menos“.

“A título de exemplo, um consumidor doméstico que consuma até 6 m3 de água/mês, vai pagar em média menos 15% de fatura mensal. As famílias numerosas que consumam até 19 m3 por mês também vão usufruir em média de igual redução. O mesmo sucederá com a generalidade das IPSS e titulares de estabelecimentos comerciais“, acrescenta.

"No cômputo geral, entre consumo doméstico, comércio, turismo, pensionistas, famílias numerosas, IPSS e instituições de utilidade pública, haverá cerca de 12.000 clientes da Fagar que pagarão menos do que em 2010.É um universo muito abrangente, mas que no quadro atual se encontra perfeitamente justificado“, defende a Câmara.

Além disso, “dos restantes 60% de consumidores, 40% vão pagar em 2011 o mesmo que em 2010. Os restantes verão as suas faturas aumentar, sendo que apenas em patamares de consumo extremamente elevados os aumentos serão significativos“.

“A título de exemplo, apenas para consumos domésticos superiores a 26 m3/mês é que os aumentos serão superiores a 15%. Não estão nesta circunstância mais do que 1000 consumidores domésticos“, revelam.

A Câmara de Faro faz, porém, questão de salientar que “estes ajustamentos não comprometem o equilíbrio financeiro da Fagar nem põe em causa a sua sustentabilidade. Através destas alterações não se estão a canalizar prejuízos para a empresa que teriam que ser suportados pela autarquia, mas sim a redistribuir o esforço de cada consumidor em função do seu dispêndio de água e da respetiva capacidade contributiva“.

“Numa época de crise, exigem-se respostas sociais. Exige-se que o universo municipal - autarquia e setor empresarial local - seja mais eficiente. Só assim se poderá cobrar taxas e preços mais justos aos cidadãos. Temos e vamos continuar a fazer esse caminho, pese embora os constrangimentos financeiros de todos conhecidos“, conclui a autarquia farense.»
(Noticia: barlavento)

Trata-se de um bom anuncio que carece de óbvia confirmação.

A notícia, aparentemente, tem tanto de positivo como de inesperado, uma vez que toda a prática da Câmara de Faro foi, até aqui, a de agravar a estrutura tarifária e os impostos (esquecendo-se da crise e das pessoas), pelo que, mesmo correndo o risco de ser rotulado de céptico, gostaria de poder analisar a nova estrutura tarifária e perceber quem vai pagar estes descontos e que impacto terão nas facturas individuais e nas receitas globais da Fagar as depreciações e os aumentos agora aprovados.

É que aquilo que temos assistido ao longo do último ano levava-nos a crer num aumento do peso da despesa na Fagar pelo que esta, aparente folga, merece ser explicada e verificada não vamos estar perante um truque de ilusionismo.

2 comentários:

  1. Se é possível reduzir agora já o era antes! Concluímos, então, que a FAGAR esteve até agora a espoliar os consumidores!!! Pouca-vergonha, mas é! Ou isto é para jogar areia para os nossos olhos com o aumento que aí vem do IMI?

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  2. vejam bem o k e a fagar k e so carros novos para os engenheiros e os trabalhadores nem teem faramenta para trabalharem

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