O ex-presidente da Câmara de Faro, José Vitorino, disse que o plano de reequilíbrio financeiro que o executivo apresentará hoje para ser votado em assembleia municipal, representará em caso de aprovação um “tsunami de vasta destruição” para o município.
O líder do grupo de Cidadãos com Faro no Coração (CFC), que têm um representante na assembleia municipal farense, divulgou (ontem) em conferência de imprensa a opinião do movimento sobre o plano que a maioria liderada por Macário Correia leva hoje (quarta feira) a votos, em sessão marcada para as 21:30 horas.
“Se for aprovado o muito mau plano de reequilíbrio financeiro apresentado pelo presidente e maioria, Faro entrará no período mais negro do pós-25 de Abril, com prolongado declínio”, assumiu o ex-edil, que liderou a câmara entre 2001 e 2005.
O movimento de cidadãos diz que o empréstimo bancário de 48 milhões de euros inserido no plano obrigará a câmara a pagar “à banca mais de 150 milhões de euros até 2030”, valor que representa “o conjunto de compromissos financeiros pelos quais a câmara tem de responder neste período de 20 anos”.
“É um tsunami financeiro de vasta destruição. Os encargos chegam a atingir 11 milhões/ano, cerca de 30% do orçamento total”, acrescenta o grupo liderado por José Vitorino, que fala “na maior fraude eleitoral de sempre”.
De acordo com a avaliação dos CFC, o plano de reequilíbrio financeiro “revela incompetência e é errado”, tendo como consequências “paralisar o concelho, com projectos fundamentais rasgados, estrangular juntas de freguesias, destruir associação e sociedade civil, impor impostos/taxas insuportáveis e abandonar os mais desfavorecidos”.
O movimento de cidadãos considera o plano de “duvidosa legalidade”, por não estar demonstrado “o esgotamento de todos os mecanismos legais de saneamento das finanças”, como, exemplificou, o plano de saneamento financeiro.
O grupo liderado por José Vitorino assegura que existem “soluções equilibradas com um misto de vários tipos de operações financeiras”, nomeadamente com decisões de fundo sobre aqueles que considera os “elefantes financeiros” – Parque das Cidades/Estádio Algarve, Mercado Municipal, MARF e Ambifaro.
Os Cidadãos com Faro no Coração repudiam ainda que, num plano a 20 anos e que respeitará a cinco mandatos autárquicos, “a câmara não tenha consultado as forças autárquicas da oposição, como é de lei” e que “só tenham sido dados seis dias úteis à assembleia municipal” para analisar a documentação.
O movimento não revelou qual a sua posição em relação à votação, uma vez que tomará uma iniciativa para “criar condições à participação das forças da oposição”. “A nossa votação dependerá do que acontecer”, concluiu o ex-edil.
(Noticia: Região Sul)
e pronto, o tsunami passou com a conivência do PS (absteve-se). Agora os farenses irão pagar ao longo de 20 anos por mais este erro do bloco central dos interesses.
ResponderEliminarForça Vitorino, a voz da oposição.
ResponderEliminarCom todos os seus defeitos e virtudes,não é um para quedista,É farense e gosta da cidade.
Ló
Sexta-Feira,começa o espectáculo do Macário,sobre o reequilíbrio financeiro.
ResponderEliminarVamos estar atentos,a travessia do deserto de Faro começa agora.
lozinho